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 | 16/06/2010 16h37min

Técnico sul-coreano responde a Maradona e diz jogar futebol, não "taekwondo"

Huh assegurou que se trata de "uma partida de futebol e não de uma guerra"

O técnico da seleção sul-coreana, Huh Jung-Moo, advertiu nesta quarta-feira a Argentina de que a equipe está pronta para enfrentar Lionel Messi e seus companheiros, nesta quinta-feira, em Johannesburgo, e respondeu a Maradona que seu time joga futebol e não "taekwondo".

Coreia do Sul e Argentina se enfrentarão pelo Grupo B no estádio Soccer City de Johannesburgo pela segunda vez em uma Copa do Mundo, depois da vitória por 3-1 da Argentina, no México, em 1986, como Maradona lembra bem do chute que levou de Huh.

O atual técnico sul-coreano "não jogava futebol, mas taekwondo", disse uma vez Maradona sobre seu rival. Em coletiva de imprensa, Huh rejeitou a crítica, respondendo que aquilo tinha sido, sim, uma partida de futebol.

— Houve muito contato físico, mas aquilo não foi taekwondo — afirmou, antes de declarar que tinha "muito respeito" pelo "excelente" jogador que foi o camisa 10 argentino.

Mas o técnico admitiu que os campeões do mundo de 1986 dominaram os coreanos com tanta superioridade que não lhes restou outro remédio a não ser tentar freá-los com os meios a seu alcance.

— Em uma partida, sempre há contatos físicos. Não é intencional. É o jogo. Em 1986, nos custou muito marcar Maradona e talvez por isso houve muito contato físico — declarou.

Ao ser questionado sobre se a Coreia utilizará mais uma vez o jogo duro para segurar Messi, Huh assegurou que se trata de "uma partida de futebol e não de uma guerra".

— Messi é um grande jogador. Sabemos disso e nossos jogadores se prepararam muito bem para enfrentá-lo — explicou o técnico, cujo time derrotou a Grécia por 2 a 0 em sua estreia, enquanto a Argentina conseguiu os três pontos contra a Nigéria (1 a 0).

— Nos preparamos para enfrentar todos os jogadores argentinos. Fizemos todo o possível para estarmos prontos para essa partida — afirmou o técnico.

Ele completou dizendo que a equipe atual não lembra em nada aquela que foi derrotada pela campeã mundial de 1986.

— Naquela ocasião, posso dizer que estávamos bastante intimidados. Não conhecíamos bem a Argentina. Havia uma defasagem, uma diferença de nível, uma brecha bastante grande — reconheceu Huh, destacando que as coisas mudaram.

— Hoje, a situação é diferente da de 1986. Agora temos uma seleção com muita confiança. Temos jogadores que estão em times europeus, como o ágil atacante Park Ji-sung, do Manchester United — completou.

Para a partida de quinta-feira, Huh não descartou surpresas.

— Até o momento, mudamos um pouco as posições em relação às partidas de classificação. Haverá algumas mudanças dependendo de como evolui a partida. Estamos dispostos a fazer uns ajustes e algumas pequenas mudanças para o jogo — afirmou.

O técnico lançou uma última advertência à Argentina: "vamos fazer todo o possível para ganhar".

— A Argentina é uma equipe forte. Mas não significa que a seleção mais forte ganhará a partida — declarou.

Os sul-coreanos treinaram esta tarde no estádio de Soccer City em Joanesburgo, onde enfrentarão na quinta-feira a Argentina (8h30min de Brasília) e onde será disputada a final da Copa em 11 de junho.

AFP
 

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