| 16/06/2010 19h10min
O crescimento espantoso do número de jogadores naturalizados na Copa deste ano ligou o sinal de alerta na Fifa. O presidente da entidade, Joseph Blatter, já estuda medidas para frear o artifício. Em recente entrevista, ele chegou a afirmar que em breve teremos uma Copa disputada só por sul-americanos.
Pode parecer exagero, mas o número de jogadores representando um país onde não nasceu é o maior em todas as Copas. Das 32 seleções que estarão no Mundial, 26 contam com jogadores naturalizados. Ao todo, são 76 atletas defendendo a camisa de um país onde não nasceram.
Das 32 equipes participantes, apenas oito não contam com estrangeiros no plantel. África do Sul, Brasil, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Honduras, Inglaterra e Uruguai. Esse número representa 75% das seleções que estão na Copa. Os atletas naturalizados somam pouco mais de 10% do número total de jogadores, já que, entre 736 convocados, 75 preferiram defender uma seleção diferente da do país onde nasceram.
Gráfico detalha a invasão dos naturalizados na Copa:
O avanço de naturalizados na comparação com os Mundiais anteriores é gritante. Em 2002, eram apenas 43. Na Alemanha, em 2006, o número subiu para 64 jogadores, 12 a menos do que na Copa deste ano.
Os países que mais cedem jogadores para outros são França (23) e Brasil (6). O caso mais curioso ocorre na seleção da Argélia, em que 17 dos 23 atletas convocados para o Mundial nasceram na França. A maioria só se tornou argelino depois que a equipe garantiu a vaga na Copa, o que comprova que a naturalização foi motivada apenas pela vontade de disputar a competição.
Nascido no Brasil e atleta da Alemanha, Cacau é um dos 76 jogadores naturalizados na Copa
Foto:
Gero Breloer/AP
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