O passado glorioso da Seleção Brasileira e os títulos individuais daqueles que vestiram a camisa amarela nos últimos anos não foram suficientes para evitar a enxurrada de críticas pela eliminação precoce na última Copa do Mundo — Brasil caiu nas quartas-de-final, para a França.

A situação mexe com os atuais jogadores do grupo do técnico Dunga. Nem mesmo quem já conquistou o título mundial discorda. São os casos de Kleberson e Gilberto Silva. Campeões da Copa de 2002 sob o comando de Felipão, os dois jogadores fizeram questão de lembrar dos companheiros que não foram perdoados pelo fracasso.

— Vivi o lado maravilhoso, que foi em 2002, e o lado da derrota, que é doloroso. Precisamos levar para África o que tivemos de bons nesses dois momentos — afirmou Gilberto Silva, que ainda completou:

— Na vitória, erros são encobertos. Quando perdemos, são colocadas algumas coisas erradas, como se nenhum jogador tivesse tido vontade. Colocaram uma carga pesada em cima de quem fez tanto para o Brasil. Gente como Cafu, Roberto Carlos, Ronaldo, que mereciam até uma estátua pelo que fizeram pelo Brasil e pelo futebol mundial — lembrou o volante, que estava com Kaká nos últimos dois mundiais.

Kleberson se vê mais experiente para enfrentar tal situação.

— Eu vivo mais a experiência, que eu tenho hoje. Em 2002, era tudo novo para mim. Volto mais forte dentro do grupo e experiente. Estou aqui para ajudar a Seleção Brasileira. Meu trabalho é esse. Quero ajudar ao Brasil a conquistar o hexacampeonato — afirmou o volante, que ainda explanou sobre a diferença entre Dunga e Felipão.

— Cada um tem uma filosofia de trabalhar, apesar dos dois serem gaúchos. São épocas diferentes, com estilos diferentes, mas que pensam no melhor da Seleção. Isso deixa a gente tranquilo para mostrar um bom futebol — completou.