| 20/05/2010 03h24min
Para os deputados, o texto aprovado com o voto de 76 senadores ficou confuso e suscitará dúvidas em sua aplicação. Alguns, inclusive, consideram que o projeto foi desfigurado.
– O Senado fez mudanças no Ficha limpa. Mudou o mérito do projeto. Existirão muitas dúvidas na interpretação – disse Flávio Dino (PC do B-MA).
Para que o projeto não retornasse para a Câmara, os senadores justificaram que a alteração era apenas uma mudança de redação, e não de conteúdo.
Tanto senadores oposicionistas como governistas concordaram que a proposta não é “perfeita” nem “acabada” – mas representaria um passo importante na moralização política.
Lula tem até 15 dias para sancionar o projeto. Segundo auxiliares do presidente, ele não tem motivos para vetá-lo.
– É o constrangimento ético funcionando. Se não tivesse tido mobilização da sociedade, esse projeto não seria votado tão rápido. Na Câmara, ele ficou 222 dias para ser votado – disse Marina Silva (PV-AC), candidata à Presidência, que suspendeu sua licença no Senado apenas para votar o Ficha Limpa.
A votação rápida do projeto foi possível graças a um acordo firmado entre governo e oposição. Para votar o Ficha Limpa, que chegou na semana passada ao Senado depois de ficar mais de sete meses na Câmara, a oposição concordou em estabelecer um calendário de votação de três dos quatro projetos do marco regulatório do pré-sal até meados de junho.
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