A pré-candidata ao governo de Santa Catarina Angela Amin (PP) afirmou na noite desta quinta-feira que "prefere não arriscar" com qual partido deve se coligar — PT ou PSDB — na disputa eleitoral.

A deputada federal encerrou a série de entrevistas com os pré-candidatos ao governo no programa Conversas Cruzadas da TVCOM nesta quinta-feira. Ela falou sobre suas perspectivas e o que pretende fazer se chegar ao governo.

Um dos pontos ressaltados por Angela foi a necessidade de criação de um plano de carreira para os trabalhadores da Saúde. A pré-candidata criticou o atual governo ao mencionar como sendo um "deboche" o fato de alguns trabalhadores não terem sido beneficiados por medidas provisórias.

Angela Amin também falou do caso da farra das passagens áereas no Congresso, no qual foi citada. Ela afirmou que não tem medo que isso seja usado contra si durante debates pois apenas usou a milhagem para que Esperidião Amin, seu marido, e sua filha Joana fossem a um congresso. Afirmou que não houve ilegalidade.

Confira como foi:



Primeiro bloco

No início do programa Angela foi logo questionada se o Partido Progressista estava mais inclinado a se filiar com o PT ou com o PSDB. Mas a deputada diz que prefere não arriscar e que não há, ainda, uma tendência nesse sentido:

— Posso dizer com certeza que nosso adversário político é o PMDB.

Ela salientou que seu governo terá dois princípios. O primeiro é de que a Segurança Pública tem que ser tratada por profissionais da segurança, como policiais, e não políticos; e o segundo de que o cidadão seja o grande vitorioso com as medidas tomadas.

A progressista respondeu a uma pergunta de internauta sobre as secretarias regionais e afirmou que, antes de aboli-las, vai analisar através de relatório se elas são positivas. Apesar de as secretarias terem sido por vezes alvo de críticas do partido, Angela só afirmou que não serão criadas mais do que as 36 já existentes.

Segundo bloco

No segundo bloco de Conversas Cruzadas, Angela Amin atribuiu sua pouca visibilidade como deputada federal ao fato de ser difícil para sua assessoria emplacar matérias suas. No programa, mencionou pelo menos três pontos que acredita serem importantes:

— Fui vice-presidente e presidente da Comissão Política Nacional de Transporte Público e Mobilidade Urbana, participei da Comissão da Desoneração de Tarifas e coordenei a revisão da lei de diretrizes básicas da educação, que faz com que todos os profissionais da educação tenham nível superior.

Questionada, novamente por um internauta, sobre a assistência que será prestada se for governadora ao balé Bolshoi em Joinville, Angela foi enfática. Disse que o Bolshoi é importante, mas não pode pautar a política.

Sobre sua boa representação nas pesquisas, em que aparece quase sempre em primeiro lugar, a pré-candidata disse que esses dados são analisados com muita responsabilidade e isso não atrapalha na hora de o PP compor com outros partidos.

Terceiro bloco

O enfoque do terceiro bloco de programa foi a insfraestrutura das rodovias no Estado e a mobilidade urbana. A progressista disse que para que se possa duplicar as BRs 470, 101 e 282 é preciso que o governo do Estado, com ajuda da bancada catarinense no Congresso, fique "em cima" do governo federal.

Sobre o transporte público, a pré-candidata mencionou que fica clara a necessidade de subsídio:

— Para o transporte do idoso, o governo federal paga. Para o estudante, cada um paga a sua parte, o município, o Estado, a União, não é justo que o trabalhador pague essa conta.

Angela também falou da necessidade do investimento em pesquisa e parcerias entre governo, instituições científicas e universidades:

— Estivemos em Campos Novos e apareceu muito claramente a necessidade da implantação de um laboratório de análises genéticas para que o pequeno produtor possa também exportar.

Quarto bloco

Tendo a Saúde como tema central, Angela Amin discorreu sobre a necessidade do profissional dessa área ser valorizado e da importância de investimentos em hospitais, para que a população não encontre emergências fechadas.

Falou da necessidade de se criar uma carreira estadual, assim como ocorre para juízes, para médicos, enfermeiros, farmacêuticos bioquímicos e odontologistas. Quando se referiu aos profissionais da Saúde, a pré-candidata mencionou como "deboche" alguns servidores ficarem de foro de medidas provisórias com benefícios.

A progressista encerrou sua participação sendo sabatinada sobre os escândalos das passagens aéreas no Congresso, quando parlamentares beneficiaram parentes com verba pública.

Ela informou que não tem medo de ser questionada sobre isso por seus adversários, pois utilizou milhas para que seu marido Esperidião Amin e sua filha Joana fossem a um congresso. Amin foi como convidado e Joana como estudante de engenharia da Unisul, segundo Angela.