| 18/04/2010 21h47min
A menos de dois meses para seu início, a Copa do Mundo convive com mais uma ameaça fora das quatro linhas. O jornal local "Sunday Tribune" revelou neste domingo planos de um grupo sul-africano de extrema direita para sabotar a competição. O caso já está sob investigação da polícia do país.
Conhecido como The Suidlanders, o grupo foi interceptado após o envio de e-mails ao Exterior incitando o boicote ao Mundial. As mensagens possuem conteúdo relacionado ao assassinato do líder de extrema direita Eugene Terre’Blanche por dois jovens negros, há duas semanas.
As mensagens se referem a guerra civil étnica na África do Sul, em que os brancos seriam vítimas da violência dos negros. “Não há esporte normal em uma sociedade anormal”, diz o site de onde partiram os e-mails.
Segundo o "Sunday Tribune", o The Suidlanders contratou antigos membros das forças especiais sul-africanas e está montando um arsenal armas e munição. O grupo conta ainda com um número crescente de membros desde o assassinato de Terre'Blanche.
Fontes ligadas ao The Suidlanders revelaram ao jornal que os planos da organização “devem ser levados muito a sério.” No entanto, o porta-voz da polícia sul-africana, Vish Naidoo, garantiu que as forças de segurança estão preparadas para qualquer eventualidade durante o Mundial.
Conheça o grupo The Suidlanders:
É um grupo religioso de extrema direita que defende a ideia de que os brancos são "refugiados" por conta da violência dos negros. Através de citações bíblicas, os Suidlanders negam ser pessoas violentas, mas dizem "reconhecer seu direito de se protegerem".
O grupo possui conexões com outras lideranças extremistas da África do Sul. Os Suidlanders ganharam espaço na mídia após o assassinato de Eugene TerreBlanche, um dos defensores do apartheid – regime de segregação racial sul-africano que durou de 1948 a 1990.
LANCEPRESS
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