O atacante Walter começa a receber o resultado de sua reabilitação. Um aumento salarial está previsto para abril. Aos 20 anos, o atacante deverá passar dos atuais R$ 10 mil para R$ 50 mil — e ainda assim será um dos menores do clube.

O Inter e os representantes do jogador pretendem traçar um plano de carreira para Walter. Isso inclui o tempo em que ele se vai se manter como titular no Beira-Rio. Até as futuras convocações para a Seleção Brasileira entrarão no projeto de futuro do atacante.

A ampliação de contrato também começa a ser renegociada — o compromisso hoje se encerra em março de 2013.

Após a atuação contra o Cerro, Walter foi acarinhado por Fossati. Também foi incensado pelo amigo Leandro, atacante do Grêmio, e espécie de guru do colorado em Porto Alegre.

— Sempre recebi todo o apoio do meu empresário (Téo Constantin) e do Leandro. Eles sempre estiveram ao meu lado — contou Walter.

Depois do sumiço de 10 dias, veio a solidariedade. Téo Constantin quitou pequenas dívidas do jogador e de seus familiares, além de lhe montar um planejamento financeiro. Agora, o atacante envia R$ 5 mil mensais para a mãe, Edith, que vive e Recife, com mais seis familiares em um apartamento de dois quartos.

— O sumiço não foi por que eu queria jogar, foi coisa particular, coisa minha. Ninguém faz uma coisa dessas para ser titular — reconheceu o atacante.

Fossati falou em “trabalho construtivo” do Inter ao não abandonar o atacante, mas puni-lo com um retorno através do time B.

— Walter tomou a decisão errada e o Inter teve méritos ao não acompanhá-lo neste erro. Jamais houve um carrasco — disse o técnico.

Ao recomeçar como o sexto atacante do grupo principal, Walter voltou a jogar bem. Ganhou a posição de Edu e de Taison. Agora, é citado como exemplo.

— Muitos gols têm saído em chutes de fora na Libertadores. O Walter tem essa característica. Desde a saída do Alex não tínhamos esse fundamento no grupo — diz o vice de futebol Fernando Carvalho.