| 28/03/2010 18h35min
Repare na pergunta do repórter Luciano Calheiros, da RBS TV, e na resposta do vice de futebol do Inter, Fernando Carvalho, logo após mais uma humilhante derrota do Inter no Gauchão, desta vez para o Caxias, por 2 a 0, quatro dias após o 3 a 0 para o São José.
Primeiro, a pergunta de Calheiros:
— A permanência do técnico Jorge Fossati depende do resultado do jogo contrao Cerro-URU, pela Libertadores, quarta-feira, no Beira-Rio?
Agora, a resposta emblemática de Carvalho:
— Vamos para o jogo sabendo que precisamos da vitória e contamos com o apoio do nosso torcedor.
Uma pergunta direta, objetiva, simples. Se Fossati estivesse firme e forte no cargo, como insistem os dirigentes,
bastaria dar uma resposta direta, objetiva simples: o velho e claro "não".
Mas Carvalho, um homem experiente, julgou
mais conveniente dar uma volta imensa para não prometer o que não tem condições de prometer. Se o Inter fracassar diante do Cerro, manter Jorge Fossati será o mesmo que pensar em suicídio do planejamento para a temporada.
Claro que ficar trocando de treinador não é o ideal. Mas ver o time ser eliminado no Gauchão e na Libertadores sem uma tentativa de reação em campo e fora dele não vai adiantar. Ontem, aconteceu de novo: uma equipe sem ataque e envolvida com espantosa naturalidade.
Pior: nem a defesa, antes último esteio do trabalho de Fossati, se sustenta mais. Em dois jogos, tomou cinco gols. O Caxias de Julinho Camargo foi um adversário organizado. Mostrou bom futebol. Tudo isso é verdade. Mas ainda é o Caxias, muito menor em relação ao tamanho do Inter. Vale o mesmo para o caso do São José. São seis jogos sem vitória.
O jogo contra o Cerro decidirá a vida do treinador. É o que indica o "não" negado por Fernando Carvalho ao
repórter Luciano Calheiros.
ZERO HORA
Com tantas mudanças, técnico conseguiu até diminuir as individualidades do time
Foto:
Valdir Friolin
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