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 | 23/03/2010 18h27min

Grêmio pagou R$ 1,15 milhão para se desfazer de Perea e Tulio

Meira esclareceu assuntos referentes a pagamentos de alguns jogadores e nega que Ferdinando receba mais de R$ 110 mil

Na tarde desta terça-feira, o homem forte do futebol gremista, Luiz Onofre Meira, concedeu uma entrevista coletiva para esclarecer assuntos referentes aos altos salários que estariam sendo pagos aos jogadores, e também questões relativas à saída de alguns atletas. Para conseguir se desfazer de Tulio e Perea, que tinham contrato em vigência com o clube gaúcho, recebendo muito dinheiro, a diretoria tricolor teve que arcar com R$ 1,15 milhão nas duas multas rescisórias:

– A questão do Túlio é de rescisão contratual. Foi de R$ 450 mil paga em parcelas. O Perea também tinha uma cláusula contratual. RS 700 mil foi o acordo. Essa é a relação que temos no futebol – revelou Luiz Onofre Meira.

Outro assunto que foi esclarecido por Luiz Onofre Meira é em relação ao salário pago ao argentino Herrera. Mesmo emprestado ao Botagogo, os gaúchos continuam pagando parte dos vencimentos do atleta, que ganhava R$ 110 mil no clube gaúcho:

– Grêmio tem essa relação, que é uma prática normal dentro do futebol. Como houve uma notícia de valores, e eu tenho precaução em falar da privacidade financeira do clube e do jogador, quero colocar que, como o Herrera não está no clube, o Grêmio tem um compromisso de R$ 20 mil com o Botafogo – garantiu o dirigente.

Sobre o salário de Ferdinando, Meira não confirmou o que o clube paga ao jogador, mas garantiu ser um absurdo dizer que ele recebe mais de R$ 110 mil mensais.

Na noite desta terça-feira, o Conselho Deliberativo do clube irá se reunir para tratar de assuntos referentes ao novo estádio e também cobrar da diretoria explicações sobre as finanças do Tricolor.

A folha de pagamento do Grêmio está na casa dos R$ 3 milhões. Chega aos R$ 3,5 milhões devido às rescisões e luvas que estão sendo pagas. O pior período é o primeiro semestre. Depois de julho, a situação ameniza:

– Temos cinco, seis jogadores contratados e estamos pagando luvas. Em questão de seis meses isso acaba. Nessa folha, também, estão inseridos os impostos. A questão de números, temos absoluta responsabilidade com o que estamos trabalhando. Tem aquele fluxo que está previsto para cada mês até que se encerre. Mas nós também não podemos ficar preso a pequenos valores. Foi uma decisão do Irany tornar isso público, mas tudo está em harmonia aqui no clube.

Segundo Meira, desde o dia 1º de janeiro de 2009, quando Duda Kroeff assumiu a presidência, nunca os salários dos atletas atrasaram.

– Essa responsabilidade vai continuar – garantiu Meira.

Mesmo com a folha inflacionada, novas contratações para o segundo semestre não estão descartadas:

– Teremos assédio por jogadores, teremos que, de repente, fazer outras contratações depois de agosto, mas isso vamos ver depois. Somos gestores, no futebol temos sempre que fazer ajustes.

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