| 25/02/2010 07h33min
Foram cinco passagens pelo Grêmio. Na penúltima delas, em 2002, Rodrigo Mendes foi goleador da Libertadores, com 10 gols. Ainda assim, é triste a lembrança que a estrela do Novo Hamburgo para a decisão da Taça Fernando Carvalho carrega de uma das últimas vezes em que esteve no Estádio Olímpico.
No início do ano passado, com uma lesão na coxa esquerda, sofrida no Fortaleza, o meia-atacante de 34 anos buscou tratamento no Olímpico. Surpreso, ouviu do gerente de futebol Mauro Galvão que o clube não lhe abriria as portas do departamento médico. Tratava-se de uma ordem do diretor de futebol André Krieger. Restou a Rodrigo curar-se no Beira-Rio, onde compareceu diariamente por 45 dias e virou amigo do coordenador de preparação fisica Élio Carravetta.
Para o jogador, o gesto de Krieger representou uma represália pela forma como ele saiu do Grêmio. Rodrigo havia voltado em 2007, para o lugar de Carlos Eduardo, vendido ao Hoffenheim, da Alemanha. Na metade do ano seguinte,
atraído por uma proposta
dos Emirados Árabes, pediu para sair, fato que irritou Krieger.
— Está tudo superado. Sei que a ordem não partiu de pessoas que comandam o clube — diz o jogador, que ainda voltou ao Olímpico no final do ano para o jogo de despedida de Danrlei.
A ida para o Novo Hamburgo, em outubro, representou uma tentativa de “voltar ao mercado”. Perseguido pelas lesões, Rodrigo Mendes via o tempo passar sem que surgisse uma nova oferta de trabalho. Encantado com o projeto do presidente Carlos Duarte e do então técnico Paulo Turra, aceitou o desafio de disputar a Copa Arthur Dallegrave e o Gauchão.
— Claro, a estrutura não se compara com a da dupla Gre-Nal, mas é boa. O estádio é muito bom — conta.
A intenção é permanecer por um bom tempo no Vale do Sinos. Rodrigo Mendes quer fazer parte do sonho do Novo Hamburgo de jogar a Série D deste ano e a Copa do Brasil de 2011. Outra vez na vitrina, planeja fechar o próximo ano disputando mais um
Brasileirão. Depois, poderá encerrar a carreira.
Ficará morando em Porto Alegre, onde já adquiriu imóvel.
Ele nega a condição de estrela do Novo Hamburgo, apesar de ser o maior salário do clube. O valor, não revelado oficialmente, gira em torno de R$ 20 mil.
— Sei da minha importância, mas não gosto de me considerar mais importante do que ninguém — diz.
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