A torcida do Avaí pode ficar tranquila. Se um dia o time estiver em situação complicada e precisar de um zagueiro-artilheiro, basta acionar Gabriel, um dos reforços trazidos pelo clube para a atual temporada.

O jogador de 22 anos foi destaque do Leão na estreia do Estadual, diante do Brusque, na Ressacada, quando marcou dois dos três gols da equipe, um deles em cobrança de falta:

— Sinto mais confiança na bola parada, mas quero trabalhar forte para me aperfeiçoar e não sair mais do time — afirmou o zagueiro, que atuou pelo time B, no último domingo.

Na segunda-feira, o restante do grupo principal retornou da pré-temporada em Gramado, na Serra gaúcha. Só que os holofotes da imprensa continuaram direcionados para Gabriel, que disse ter sentido “um friozinho na barriga” antes da estreia.

Apesar da juventude, Gabriel já rodou por alguns clubes do futebol brasileiro. Natural de Camaçari, no interior da Bahia, iniciou a carreira nas categorias de base do Bahia, e depois passou pelo Grêmio, onde jogou ao lado dos irmãos Cássio, hoje no Fluminense, e Rafael, titular do Avaí, na categoria infantil.

Em 2006, profissionalizou-se no Vitória, e, no ano passado, defendeu o Bragantino-SP e o Paraná, onde também marcou gols:

— Não sou zagueiro-artilheiro, mas sempre faço gols pelos clubes onde passo. No ano passado, marquei quatro gols no Paulistão, pelo Bragantino, e quatro pelo Paraná, na Série B. Espero manter essa média aqui — afirmou Gabriel, 1m94cm de altura.

No ano passado, um episódio negativo marcou a carreira do atleta. Com uma luxação no ombro, ele decidiu enfrentar o Figueirense, em Curitiba, pela Série B, e acabou sendo um dos protagonistas da partida. O Paraná foi goleado por 4 a 0, Gabriel cometeu dois pênaltis e foi expulso:

— Muitas vezes, a gente tem que cair para aprender. Foi uma decisão equivocada da minha parte que serviu para me dar experiência. Errei feio. É uma página virada — completou o zagueiro.