| 14/01/2010 14h13min
O atacante Adebayor, do Manchester City, explicou nesta quinta-feira o motivo de, no início da semana, ter dado entrevista com a camisa do Arsenal, seu ex-clube. Vítima de atentado com a seleção de Togo na sexta passada, o jogador disse que não tinha nada para vestir quando retornou a seu país.
– Quando saímos do ônibus, deixamos toda nossa bagagem lá e fugimos. Quando chegamos ao Togo, eu não tinha nada para vestir. Meu irmão foi a primeira pessoa que pedi para me dar uma camisa. No momento, está tudo muito confuso. Quero pedir apenas desculpas pela camisa. Espero que todos entendam – contou, ao jornal The Independent.
O ônibus da delegação togolesa foi metralhado na sexta-feira, quando chegava à província angolana de Cabinda. A seleção estava em Angola para a disputa da Copa Africana de Nações (CAN), da qual foi obrigada a desistir por ordens do governo.
– Sequer consigo comer. Estou perdendo peso, o que é difícil para qualquer um. Tirarei um tempo e voltarei aos gramados no momento certo – explicou.
O atacante ainda está na capital togolesa, Lomé, onde permanecerá até se sentir pronto para voltar ao City. O próprio clube lhe deu liberdade para definir a data de seu retorno. Com isso, já é certa a ausência de Adebayor diante do Everton, no fim de semana.
– Não estarei pronto para esse jogo. Ir a campo seria a pior coisa que eu poderia fazer, pois não estou 100%. Tenho de voltar a treinar primeiramente, me recuperar do que aconteceu. Minha cabeça não está no futebol agora. Estamos falando sobre vidas. Vidas são mais importantes do que futebol – concluiu.
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