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 | 07/01/2010 19h34min

D’Alessandro não admite mudar de comportamento

Meia responde declarações de Fossati e diz que vai continuar o mesmo

No novo sistema de entrevistas do Inter, dois jogadores concedem coletiva após o treino. E nesta quinta-feira, em Bento Gonçalves, um dos escolhidos para falar foi D’Alessandro. Se antes o argentino era avesso aos microfones, agora fica na obrigação de se pronunciar.

E na primeira entrevista de 2010, D’Alessandro já deu margem para polêmica. Conhecido pelo temperamento forte dentro de campo, o argentino descartou mudar as atitudes com a chegada de Jorge Fossati. O técnico havia afirmado anteriormente, por duas vezes, que o jogador precisava regular o “caratér”.

— O Fossati não precisa me falar nada. Ele me conhece, é muito experiente. Sabe como eu sou. Tenho 28 anos e mudar isso agora é impossível. Meu caráter me levou a jogar na Europa, mas é claro que em alguns momentos é bom se acalmar — disse D’Ale.

O argentino esclareceu que não pretende sair do Inter para retornar ao River Plate. Durante as férias de D’Alessandro em Buenos Aires, a imprensa argentina especulou uma reaproximão entre o jogador e o clube que o formou. São planos para o futuro, assim como um possível retorno à Europa.  

— Para mim a passagem pela Europa foi importante. Deixei boa impressão na Alemanha, Espanha e Inglaterra. É importante, sempre penso em voltar, assim como penso no River. Joguei 15 anos lá, não tem como não sentir carinho por eles. Mas o pessoal entende tudo errado. Por enquanto, vou ficar aqui. Estou feliz no Inter — garantiu.

Por enquanto, as declarações públicas de Fossati sobre o comportamento de D’Alessandro parecem não terem surtido efeito no comportamento entre os dois. O argentino é só elogios ao método de trabalho do uruguaio, que colocou os jogadores para treinarem com bola desde o primeiro dia de trabalhos em Bento.

— Cada treinador tem seu jeito de trabalhar, e o Fossati é diferente. Para nós é melhor. Quando a gente acorda de manhã sabendo que vai correr sete quilômetros, sem tocar na bola, já acorda com a mente cansada. Quando a bola está presente é melhor — encerrou o argentino.

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