| 10/12/2009 11h25min
Mesmo com número recorde de participantes e de campeões olímpicos de volta às quadras brasileiras, o objetivo da UCS na Superliga Masculina de Vôlei é chegar entre os oito primeiros que garantem vaga aos play-offs finais. Depois de observar as duas primeiras rodadas, os caxienses entram em quadra hoje para, enfim, começar a mostrar o resultado do trabalho feito durante a preparação. A estreia é às 20h desta quinta, diante do Montes Claros-MG, no Ginásio Poliesportivo, em Caxias do Sul. A UCS já volta à quadra no sábado, quando recebe o Brasil Vôlei Clube, às 19h.
A UCS não realizou tantos amistosos e torneios preparatórios como outras equipes que participam da Superliga. Em compensação, reforçou os treinos físicos para dar conta da maratona de jogos.
– A gente tem que se cuidar, são muitas viagens e a recuperação é importante. Vamos enfrentar campeões olímpicos e isso é uma motivação ainda maior para ingressar na disputa, até porque a pressão e o favoritismo vão estar com eles – acredita o capitão da equipe, o levantador Rodrigo Rivoli.
O ponteiro Thiagão sabe que a equipe enfrentará adversários com maior preparação, mas confia no trabalho executado até agora.
– Outros times podem estar cansados, com estresse físico e emocional, e isso pode nos beneficiar. É o principal campeonato do Brasil e talvez do mundo. Estar na disputa já é uma motivação – anima-se.
O grupo comandado pelo técnico Jorginho Schmidt é o único representante do Estado na principal disputa do vôlei nacional. Ao mesmo tempo que a exclusividade é motivo de orgulho, também dificulta o trabalho. Como somente um adversário virá jogar aqui a cada rodada, não há com quem trocar informações sobre os outros times, prática comum no vôlei, e que costumava ocorrer quando havia mais gaúchos na Superliga. Para contornar a dificuldade, os caxienses estão contratando um responsável por filmar os demais jogos e apresentar estatísticas por meio de um programa de computador.
Cercar-se de todas as notícias se faz necessário em uma competição que conta com alguns dos melhores jogadores do mundo, como Giba, Rodrigão e Gustavo, da seleção brasileira e que defendem o Pinheiros-SP. Além de rivais de qualidade, os atletas de Jorginho terão de suportar 32 jogos. Uma sequência longa, na opinião de Schmidt, e que será uma novidade para todos os participantes.
– Ninguém nunca jogou tanto em uma Superliga, ainda mais em meio a treinos e viagens. Será imprevisível, o que mantém o mistério da disputa. Mas, claro que alguns são mais fortes. Esse número grande de partidas pode reduzir o nível técnico da competição, já que o padrão de acertos vai diminuir – acredita o treinador, satisfeito por voltar à Superliga, competição da qual é tricampeão e cuja última participação ocorreu em 2004/05, pelo On Line, de Novo Hamburgo, e feliz por voltar a comandar um time do Estado.
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