Com dificuldade para ouvir, rouco pelos berros dados à beira de campo, mas satisfeito com o trabalho desenvolvido desde que chegou ao JEC, em maio de 2009, Sergio Ramírez não via a hora de pegar o carro e ir para Curitiba encontrar sua mulher. Mesmo assim, em meio as comemorações e o carinho recebido dos atletas, o treinador sentou em um canto do vestiário para conversar sobre o futuro do tricolor.

Com contrato por tempo indeterminado, segundo Nereu Martinelli, diretor do clube, o técnico ainda não sabe se fica para o próximo ano. Vontade não falta, mas o comandante tricolor espera melhores condições de trabalho para o próximo ano:

— Tudo isso depende da estrutura que o clube possa me oferecer. Precisamos olhar com mais atenção para a base. Os nossos campos não são bons. O projeto de reestruturação do CT precisa sair do papel o mais rápido possível — disse.

Sem calendário durante boa parte do ano, o treinador passou parte do ano dirigindo as categorias de base do Joinville. Nesse período, trouxe para os profissionais jovens como o atacante Edinho e o volante Douglas.

Para janeiro, o treinador espera sair de Joinville para realizar a pré-temporada. A falta de campos em condições de uso e a constante chuva prejudicam os treinamentos do time. Por isso, Ramírez sugeriu ir para o interior de São Paulo:

— O projeto para o Catarinense é muito bom. Mas não pode ficar apenas no papel. Precisamos de uma pré-temporada e de mais contratações para ampliar o elenco — afirmou Ramírez.

Sondado por outras equipes do futebol nacional — o Brasil de Pelotas contactou o treinador, o técnico espera ser um marco de representação para o clube:

— Eu quero fazer parte da virada do JEC. Do momento em que fizemos uma grande reestruturação e colocamos o Joinville mais acima. O projeto Série D acabou. Agora começa o projeto Série C — finalizou.