O Inter que desembarcou ontem no Salgado Filho chegou embalado por um outro pacto. Se antes o acordo dos últimos três jogos era pela classificação à Libertadores, agora o novo acordo abrange o título nacional. Cerca de 30 torcedores recepcionaram a delegação no aeroporto.

Desde a semana da derrota para o Botafogo e a queda para a quinta colocação, jogadores, comissão técnica e direção acertaram no vestiário do Beira-Rio um pacto por 100% de aproveitamento nas cinco partidas restantes do Brasileirão (Barueri, Santos, Atlético-MG, Sport e Santo André). Foi lembrado que a maioria dos jogadores permaneceria em 2010 até por terem contratos longos. Que escolhessem, então, se quisessem disputar Libertadores ou Copa do Brasil.

O empate na Arena Barueri frustrou o plano inicial. Porém, a recuperação imediata ocorreu contra o Santos. A ideia era clara: o Inter havia sido campeão do primeiro turno e passava por um período de instabilidade, que deveria chegar ao fim.

– O pacto segue valendo até o final. Este campeonato é diferente, por isso, por isso não atiramos a toalha jamais – afirmou o vice de futebol, Fernando Carvalho.

Antes da viagem a Belo Horizonte, para o jogo-chave com o Atlético-MG, Mário Sérgio ganhou definitivamente o grupo. O técnico colocou para os jogadores a possibilidade de o grupo embarcar para Recife depois de jogar em Minas Gerais. Seriam mais sete dias longe de casa. Todos foram contra, e Mário Sérgio concordou com o retorno a Porto Alegre. A cumplicidade entre treinador e jogadores estava concretizada.

– O que ganha o jogador é o diálogo, não decisões solitárias – comentou Sandro, elogiando a postura de Mário Sérgio com o grupo.

Apesar do empate em Barueri, o Inter somou sete pontos em nove. Do G-6, apenas o Flamengo teve desempenho igual nas últimas três rodadas.

– Vivemos um momento mágico. Se ainda conseguirmos o título, depois de tudo, será a maior conquista da história – resumiu Guiñazu.