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 | 22/11/2009 11h47min

O plano do Inter para o jogo no Mineirão

Diogo Olivier, colunista online  |  diogo.olivier@zerohora.com.br

Lauro é um goleiro acostumado ao Mineirão. Jogou no Cruzeiro em 2006 e 2007, e quem joga no Cruzeiro sabe como funciona a vida no Atlético-MG. É o nosso ditado aquele, transposto para Belo Horizonte: quer saber o que acontece no Beira-Rio, vá até o Olímpico e vice-versa. Um vive o outro todos os dias.

Conversando com Lauro esta semana, no pátio do Beira-Rio, embaixo da sombra de uma árvore para aplacar o calor, nossa conversa enveredou para a estratégia do Inter no Mineirão. A revelação é a seguinte:

O plano é suportar até os 20 minutos do primeiro tempo sem tomar gol.

É o período da pressão da torcida, do fator local, do abafa no calor dos cerca de 50 mil atleticanos que gritam ao ponto de os jogadores não se ouvirem no campo. A partir dos 20 minutos, aos poucos, o ambiente vai amenizando, o ritmo cai e o som da arquibancada fica apreensivo.

Como diz Lauro, não adianta apenas suportar os 20 minutos iniciais. Daí em diante é preciso jogar de igual para igual. Nisso, o técnico Mário Sérgio está certo. Apostar no contra-ataque é diferente de SÓ apostar no contra-ataque. Se ficar só lá atrás esperando o inimigo para encaixar uma jogada em velocidade é óbvio que, por insistência, acaba tomando gol. Resta saber se Mário Sérgio cumprirá o que diz.

Mas Lauro, com a experiência de quem conviveu dois anos no ambiente do Mineirão, arrisca um palpite. Mais para o fim do jogo, esta tática é mesmo a melhor. Se o resultado não for do Atlético, a cobrança da torcida torna-se insuportável. Cada passe para o lado ou para trás é uma irritação. Então, neste caso e somente neste caso, vale a pena ficar encolhido atrás, especulando um contra-ataque.

Mas o fato é que o plano inicial do Inter para o Mineirão é suportar até os 20 minutos do primeiro tempo sem sofrer gols, para depois ir tomando conta da partida.

Há um plano B para o caso deste dar errado? Não sei.

Mas o plano A é este.


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