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 | 14/11/2009 11h10min

É natural que a torcida me apoie, pois está frustrada, diz Rospide

Técnico interino do Grêmio comanda a equipe nas últimas quatro rodadas do Brasileirão

Tatiana Lopes - clicEsportes  |  tatiana.lopes@rbsonline.com.br

Paulo Autuori voltou para o Catar para treinar o Al-Rayyan. Despediu-se do Grêmio na última quarta, e o técnico interino Marcelo Rospide já começou a comandar os treinos no Olímpico. Ele aproveita ais uma oportunidade para mostrar seu trabalho, já que também assumiu o comando quando Celso Roth foi demitido. A torcida cria uma grande expectativa em cima de Rospide. Já imagina que ele vai conseguir vencer fora de casa, algo que Autuori fez apenas uma vez.

– Torcedor vive da paixão do sentimento de vitória. No momento está frustrado. É natural que vislumbre e tenha expectativa de que agora as coisas vão ser diferentes. Eu fico feliz pelo apoio, mas isso não tem influência direta no meu trabalho. Esses quatro jogos representam uma oportunidade de crescer mais profissionalmente para mim – acredita Rospide.

O técnico interino vai comandar o Grêmio contra Cruzeiro e Flamengo fora de casa. No Olímpico vai enfrentar Palmeiras e Barueri. Ele projeta vitórias, mas sabe que o equilíbrio do Brasilerião está tornando as coisas mais difíceis. Sobre seu futuro, ainda não há nada de concreto.

– A expectativa é natural, o torcedor vai comparar meu desempenho agora do que o que tive na saída do Celso Roth. Eu coloco a questão do equilíbrio que o Brasileirão está tendo em termos de competitividade. Esse é o grande ponto que vejo como dificuldade. Eu estou cumprindo com um pedido da direção em comandar a equipe agora. Como funcionário do clube ainda tenho muito para acrescentar ao Grêmio, mas não tem nada de concreto sobre meu futuro – comenta.

Rospide lembra que, no início da temporada, ele tinha o objetivo de conquistar a Copa Libertadores como auxiliar técnico, com Celso Roth no comando. Mas as coisas mudaram no meio do caminho e ele acabou aparecendo para o futebol ainda mais do que esperava.

– No futebol, assim como na vida, as coisas acontecem sem a nossa intenção ou vontade. Eu tinha claro no início da temporada que meu objetivo era ser campeão da Libertadores como auxiliar técnico. E aí mudou tudo. Comecei a aparecer um pouco mais. Eu estou em um período de afirmação. É difícil falar em tempo, eu tenho que seguir trabalhando para que as oportunidades apareçam – analisa.

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