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 | 30/10/2009 14h51min

Ex-técnica havia sugerido a Daiane que parasse de competir

Adriana Alves afirma que ginasta deveria ter evitado desgaste excessivo do corpo

Ana Maria Acker  |  ana.acker@rbsonline.com.br

A ex-técnica de Daiane dos Santos Adriana Alves lamentou nesta sexta o exame de doping da atleta ter dado positivo para a substância furosemida, proibida pela Agência Mundial Antidoping (Wada). Faz algum tempo que a treinadora não fala com a ginasta, mas acredita que o uso do diurético pode ter ocorrido por dois motivos: perder peso ou mascarar o uso de um medicamento mais forte para recuperação de lesão. Adriana afirmou que no ano passado recomendou que a atleta parasse de competir para evitar um desgaste excessivo do corpo.

– Ou ela pode ter tomado para emagrecer ou para disfarçar alguma substância mais forte em função das cirurgias que fez, um remédio mais forte para dor, a fim de surportar treino. Mas são suposições minhas – declarou.

Como o exame foi em julho, a ex-treinadora crê que Daiane estivesse se preparando para voltar no Campeonato Brasileiro de Ginástica Artística, que ocorreria em agosto. A competição foi transferida para novembro em razão da epidemia de Gripe A. A disputa será realizada de 25 a 29 de novembro em Porto Alegre.

Adriana conversa eventualmente com a mãe de Daiane. Segundo Magda dos Santos falou à treinadora, a atleta se preparava para competir no Brasileiro e, além do solo, havia voltado a treinar na trave.

Aos 26 anos, a ginasta traçou como objetivo se aposentar depois dos Jogos Olímpicos de Londres-2012. Após Pequim-2008, a gaúcha foi submetida a mais uma cirurgia no joelho. Adriana disse que a atleta já viveu seu ápice em termos de desempenho e deveria repensar o rumo da carreira.

– Eu já tinha a aconselhado há um tempo que deveria ter largado. No Brasileiro do ano passado, achei a perna dela um pouco torta. Falei: "Dai, tem que cuidar dessa perna, pensa bem a tua saúde". Ela me respondeu que faria cirurgia. Não acredito muito que ela possa se manter na sua plenitude de forma até a próxima Olimpíada. Há um desgaste de saúde que não seria necessário – salientou a técnica do Grêmio Náutico União.

Daiane é ginasta do Pinheiros. O clube fará uma reunião nesta sexta para discutir que medidas tomar. Adriana refuta a ideia de que a atleta desconhecesse os riscos do uso desse tipo de medicamento.

– Às vezes, é inocência do atleta. Nesse caso, é uma atleta adulta, não é mais criança, já passou por vários exames de doping. Sabe como funciona o processo. Talvez ela não imaginou que depois de um ano sem competir fosse cair em um doping – explicou.

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