Com a distância do Palmeiras na liderança do Brasileirão, a ascensão do Goiás e a regularidade do São Paulo, o Inter já vê a Copa Sul-Americana com outros olhos.

O bicampeonato do torneio pode ser o único grande título do ano do centenário, já que as conquistas do Gauchão e da Copa Suruga são consideradas muito pouco para quem sonhou tão alto em 2009. Por isso, hoje à noite, contra o Universidad de Chile, em Santiago, o Inter joga também a temporada.

Apesar de o time estar ainda mais fragilizado – uma vez que Fabiano Eller e Kleber deverão ser poupados porque não demonstraram boa recuperação após a partida aquática do último domingo, contra o Flamengo –, a ordem é voltar classificado a Porto Alegre.

Nas quartas de final, enfrentaria o vencedor de Fluminense e Alianza Atlético (PER).

Há um outro fator grave no Beira-Rio. Uma eliminação prematura na Sul-Americana colocaria o técnico Tite em confronto com a ira da torcida e confirmaria a turbulência técnica na temporada. Ou seja, é um ciclo: a queda na sul-americana teria reflexo imediato no jogo de domingo, contra o Coritiba, no Couto Pereira, pelo Brasileirão.

Hoje, o Inter disputará seu 64º jogo na temporada, e Tite ainda tem problemas para formar um time. Maycon, que não atuava havia 89 dias, foi transformado em titular.

Tudo para tentar reajustar a mecânica do meio-campo do Inter, perdida desde a saída de Giuliano para a seleção sub-20, a venda de Magrão, e a interminável crise técnica de D’Alessandro.