| 27/09/2009 17h18min
O escândalo sobre o acidente de Nelsinho Piquet no GP de Cingapura de 2008 abre uma brecha para que aquela corrida seja anulada, com Felipe Massa tornando-se campeão mundial do ano passado.
Ao contrário do que Max Mosley afirmara anteriormente, o artigo 179b do Código Desportivo Internacional da FIA afirma que o resultado de um evento pode ser revisto se surgirem novas evidências – como foi o caso da denúncia feita pelo piloto brasileiro quase um ano depois de disputada aquela corrida.
Tendo em vista que o Conselho Mundial da FIA chegou à conclusão de que o resultado final da corrida foi manipulado por uma conspiração de alguns membros da Renault, a entidade teria o poder de anular o resultado da prova, desconsiderando seu efeito para a tabela final do campeonato. Assim, Hamilton perderia os seis pontos pelo terceiro lugar e, consequentemente, o título ficaria com Felipe Massa, que ficaria com cinco pontos de vantagem na classificação final.
O resto do artigo 179b, do ponto de vista jurídico, estabelece o dia 30 de novembro do ano em que o campeonato foi disputado como data-limite para protestos apenas por decisões dos comissários de prova, mas não para pleitear que um resultado do ano anterior seja anulado em cima de um veredicto feito pelo Conselho Mundial da FIA – o caso de agora.
Assim, a Ferrari teria direito a apelar ao Conselho pedindo a anulação do resultado da prova. Procurada pela agência Lancenet em Cingapura, a assessoria da Ferrari disse não ter nenhum comentário sobre o caso. Foi apurado ainda que, como possuidor da superlicença, Felipe Massa também teria o direito de pleitear a anulação da prova, independentemente da posição de seu time.
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