| 23/09/2009 22h12min
Afastado do grupo do Inter desde 2007, o lateral Chiquinho treina separado no Estádio Beira-Rio de segunda a sexta-feira. Em entrevista no programa TVCOM Esportes, o atleta falou sobre a situação em que vive no Estádio Beira-Rio e afirmou:
— Eu sou um profissional, estou em uma situação em que estou louco pra jogar futebol, respeito muito o Inter, tenho um carinho pela torcida, mas o Grêmio é um time grande e eu jogaria lá tranqüilamente — disse, quando questionado se atuaria no rival do Colorado.
Chiquinho explicou porque foi afastado. Segundo o jogador, apenas informaram que ele não se enquadrava no perfil de atletas que o clube procurava:
— Quando voltei do Palmeiras, logo depois da conquista do Mundial pelo Inter, teve um misto para começar o Gauchão. Eu joguei dois jogos e fui afastado. No início não me disseram nada, mas depois falaram que eu não me encaixaria mais no perfil dos jogadores que o Inter queria. Que os jogadores para atuar no
time precisariam ter técnica,
velocidade e força. E eu não teria as três — falou.
Chiquinho apareceu no Inter em 2002. Após um período complicado do time, quando escapou do rebaixamento no Campeonato Brasileiro na última rodada, o jogador teve um problema de saúde e precisou ficar um ano afastado do futebol.
Quando retornou, em 2004, o lateral se destacou na equipe do técnico Muricy Ramalho e ganhou projeção. Algum tempo depois, acabou perdendo espaço. Em 2006, se transferiu para o Palmeiras. Chiquinho se arrepende da decisão:
— Acho que errei foi o momento que eu saí do Inter para ir para o Palmeiras. Eles estavam em 19º no Campeonato Brasileiro e o Inter nas oitavas da Libertadores. Eu mesmo sem jogar, às vezes ia para o banco. Eu era novo ainda, não sei o que passou pela minha cabeça — lembrou.
Durante o tempo em que esteve afastado, acabou emprestado para alguns times. Passou por Goiás, Fortaleza e Joinville:
— Todos os times que eu
fui emprestado eu joguei. Fui titular, mesmo chegando sem
ritmo de jogo. Às vezes no meio das competições — afirmou.
O jogador não escondeu que guarda algumas mágoas do time do onde foi formado, embora tenha dito que ainda torce pela equipe:
— Realmente eu fico triste porque é um clube que eu gosto, onde fui criado, desde os 13 anos. Eu gostaria de estar ajudando, de estar jogando. Eu vejo os jogos e torço pelo Inter — confessou.
O contrato de Chiquinho com o Inter termina no final de dezembro de 2009. O jogador ficará dono do próprio passe. Sobre os planos para o futuro, diz que será um recomeço:
— Vou ter que recomeçar no ano que vem. Correr atrás do tempo perdido. Vai ser um desafio. Recebi algumas propostas, mas como vou sair com o meu passe na mão no final do ano, achei melhor esperar — concluiu.
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