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 | 21/09/2009 20h23min

Magrão se declara torcedor colorado na despedida do Inter

Jogador vai ao Beira-Rio para acertar detalhes da transferência para os Emirados Árabes

Eduardo Cecconi - clicEsportes  |  eduardo.cecconi@rbsonline.com.br

Nesta segunda-feira, Magrão cumpriu rotina com a qual conviveu nos últimos dois anos e dois meses: chegou ao Beira-Rio em mais um início de tarde com treino marcado.

Mas ele não participou do trabalho. Magrão foi acertar as últimas pendências para concretizar sua transferência ao Al-Wahda, e se despedir dos agora ex-companheiros.

Ao final do dia, enquanto abraçava funcionários, Magrão deixou o vestiário profissional e falou. Com a voz embargada:

– É triste sair depois de dois anos e dois meses de conquistas. Fiz gols importantes, contra o Boca, contra o Grêmio. A saudade vai existir, mas a vida segue. Aprendi a gostar desse time, e onde eu estiver, nunca mais vou perder o vínculo com o Internacional.

Há um mês, o Al-Wahda tentou contratá-lo, sem sucesso. À época, tanto Magrão como também Fernando Carvalho, vice-presidente de Futebol do Inter, rejeitaram a possibilidade de acerto. Mas o Inter enviou uma contra-proposta, que foi aceita, definindo a saída do jogador.

– Era uma possibilidade boa de trabalho para mim, e boa para o clube também. A gente pesou muitas coisas, o tempo de contrato, a idade. A proposta deles de um mês atrás a gente achava que não valia a pena. Mas o Inter fez uma contra-proposta, e eles aceitaram. Como na primeira vez a gente sentou e conversou, e achou que era melhor eu ficar. Agora a gente sentou e conversou, e contei com a compreensão da diretoria. O Fernando Carvalho foi muito aberto, muito franco – explica.

O jogador diz que, devido às pendências - não esclarecidas - não houve ainda a assinatura de contrato com o Al-Wahda. Mas ele acredita que tudo se resolva em breve, e até prevê para quinta-feira sua apresentação nos Emirados Árabes. De lá, vai torcer pelo título do Inter no Brasileirão.

– Que bom que eu estou saindo sendo importante. Estou indo sem passar despercebido. Isso para mim é o que me deixa mais feliz. Estou torcendo. Até brinquei com o Tite. Joguei dois terços do Brasileirão. O título com certeza vai vir, e quero dois terços do meu nome na taça. Tenho fé, acredito no trabalho do Tite e dos jogadores – justifica.

Magrão não quis deixar nenhuma mensagem aos colorados. Apenas agradeceu pelo apoio recebido:

– Não tem mensagem. Tem um agradecimento ao torcedor, que me acolheu de uma maneira que eu nunca esperava. Só em dois clubes foi assim, com o Palmeiras e o Inter. Mas as portas estão abertas. Toda folga, todas as férias, eu vou estar aqui. Isso aqui é uma família, uma coisa que poucos clubes têm. É esse ambiente que vai me deixar mais saudades. O sentimento, a história, ninguém vai apagar. Estou saindo hoje, mas saio com o coração mais vermelho, mais colorado do que nunca. Onde eu estiver estarei torcendo pelo Inter, foi o clube onde voltei para o futebol, voltei a ser feliz.

 

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