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 | 13/09/2009 05h10min

O ex-jogador do Grêmio que está na mira do Inter

Diogo Olivier, colunista online  |  diogo.olivier@zerohora.com.br


O Inter quer um ex-lateral-direito do Grêmio. Na verdade, hoje ele nem é mais lateral. É zagueiro. E já faz tempo. Mas é por isso mesmo que o técnico Tite pensou nele.

Trata-se de Adriano, 27 anos, do Monaco.

Baiano, Adriano surgiu para o futebol no Olímpico, pelas mãos do próprio Tite. O seu contrato com os franceses vai até julho de 2011 e, este ano, também o São Paulo manifestou interesse no seu futebol. Ricardo Gomes, hoje no Morumbi, é seu fã desde 2003, quando o convocou para alguns jogos da seleção olímpica. Os dois, Ricardo e Adriano, trabalharam juntos no clube do Principado mais charmoso da Europa.

Tite já conversou com Adriano por telefone.

O problema é que acontece com Adriano algo muito parecido ao que ocorreu com Bolívar no mesmo Monaco, inclusive. Ele não quer mais ser lateral. Fixado na zaga, tomou gosto pela função. A Tite, revelou que teme as críticas. No Brasil, funções táticas como estas, de ser um lateral que não vai muito ao ataque em benefício do time, são mal interpretadas. Adriano entende – e não está de todo errado – que seria criticado por não ir à linha de fundo caso retornasse à posição de origem, mesmo nas condições oferecidas por Tite. Aí está um obstáculo para a contratação.

O técnico colorado quer Adriano para exercer a mesma função exercida por Bolívar: a de lateral-zagueiro.

No 4-4-2 adotado pelo Inter, com o meio-campo em forma de losango, o lateral-direito mais protege do que ataca, com o objetivo de liberar Kleber do outro lado durante o maior tempo possível do jogo. Sem Bolívar, Tite fica apenas com Danilo Silva nesta função, já que Daniel é inexperiente ainda. E Danilo, com sua velocidade de corredor de 100m, se adapta melhor ao 3-5-2, embora também trabalhe no 4-4-2.

No Grêmio, Tite usou Adriano de várias maneiras. No 3-5-2, de líbero e zagueiro pela direita. No 4-4-2, como lateral, volante e, às vezes, zagueiro. Um jogador útil, como se vê. Não é tão alto assim. Tem 1m79cm, mas a qualidade na saída de bola e a boa impulsão têm lhe garantido emprego na Europa há cinco anos. Depois de sair do Grêmio em 2003, Adriano foi para a Itália. Após uma rápida passagem pelo Palermo, passou dois anos no Atalanta. Em 2007, transferiu-se para a França, onde está até hoje. O Monaco é apenas o 12º colocado no campeonato francês, com seis pontos em cinco rodadas. Neste domingo, o adversário é o PSG.

Anote este nome, portanto: Adriano.

Tite pensa nele. Se não der para este ano, será tentado pelo Inter para o ano que vem. Caso o treinador fique no Beira-Rio, é claro.

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