| 03/09/2009 04h22min
Oito meses após a assinatura do contrato entre o Grêmio e a construtora OAS, a futura arena do clube, projetada para ser erguida no bairro Humaitá, ainda está longe de sair do papel.
Mais do que a aprovação do estudo de viabilidade urbanística, atualmente em tramitação na prefeitura, o que tranca a obra é a falta de financiamento por parte do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social). Não há hipótese de o projeto andar sem que o dinheiro chegue. O início das obras, previsto para este ano, foi adiado para 2010.
Uma das cláusulas do contrato assinado entre Grêmio e OAS, em 19 de dezembro, diz que a construtora estará desobrigada de construir o novo estádio se o financiamento não for aprovado. Orçada em cerca de R$ 350 milhões, a arena dependerá de 40 a 50% desse valor para ser construída, estima Eduardo Pinto, um dos diretores da OAS. O restante virá de recursos próprios da empresa.
Há otimismo quanto à liberação do financiamento. A
previsão é de que ela venha de uma
linha de crédito especial que o governo federal irá abrir para as 12 cidades envolvidas no projeto da Copa de 2014. A arena seria beneficiada com os recursos na condição de local de apoio para o Mundial – em Porto Alegre, o estádio escolhido para sediar jogos é o Beira-Rio.
– Estamos certos de que o governo federal irá abrir essa linha de crédito – afirma José Fortunati, vice-prefeito e secretário extraordinário da Copa de 2014.
Apesar da indefinição sobre a liberação do dinheiro, Eduardo Pinto mantém a previsão de que a arena estará pronta na metade de 2012. As obras, que irão se estender por 30 meses, deverão começar no segundo semestre de 2010. No dia da assinatura do contrato com o Grêmio, Louzival Mascarenhas Júnior, diretor comercial da OAS, havia previsto que os trabalhos começariam ainda este ano.
O terreno da futura arena foi comprado pela OAS da Federação do Círculo dos Operários. O valor não é confirmado oficialmente, mas gira em torno de
R$ 50 milhões. A área total do
empreendimento, que também incluirá centro de convenções, hotel, shopping center e edifício-garagem, será de 32 hectares, sendo 11 apenas para o estádio. Por enquanto, ela segue intocada. Nem mesmo os tapumes que a demarcariam foram instalados. O plano era fazer o cercamento no início de julho.
– Por se enquadrar nos padrões Fifa, a arena do Grêmio é a que tem maiores possibilidades de obter o financiamento – acredita Eduardo Antonini, ex-vice de planejamento do clube e hoje coordenador do comitê executivo gaúcho para a Copa de 2014.
Projeto no Humaitá, zona norte da Capital, prevê também prédios e centro de compras
Foto:
Divulgação, Grêmio
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