Diego Vara

Todos dirão que a grande novidade da vitória do Inter por 3 a 0 sobre o Atlético-MG foi a entrada de D'Alessandro (foto) no intervalo. Não estarão errados: em menos de vinte minutos, ele deu o passe para Kléber no cruzamento do primeiro gol e marcou o segundo acertando um chute forte da entrada da área. O terceiro, também de Edu, veio de outra bola erguida por  Kleber, da esquerda. Mas há um detalhe que não pode passar despercebido.

Quem saiu para o argentino armar o time foi Danilo Silva, e não Giuliano. O técnico Tite deslocou Giuliano para a ala-direita. Foi a partir desta mudança dupla que o Inter se transformou do primeiro para o segundo tempo.

Tite promoveu um ajuste no esquema 3-5-2 e pode ter encontrando aí o modelo ideal para rumar até o título brasileiro, agora que apenas um ponto o separa do líder Palmeiras.

Nas alas, o Inter conta agora com dois meias.

No Santos, Kléber chegou a vestir a camisa 10. Se não é meia-esquerda de origem, foi por opção ou conveniência. Do outro lado, Giuliano empresta o mesmo perfil: chegada no flanco, composição de meio, melhor articulação na zona intermediária do campo, entrada em diagonal. Ontem, ao menos, o time ficou mais compacto.

Como os dois gols de Edu o credenciam ao posto de titular no ataque, só falta Alecsandro se recuperar da lesão para o novo Inter sair decorado da boca do torcedor. Marquinhos, de ótima atuação contra o Goiás, não foi tão bem ontem. Tem todo o tempo do mundo para esperar a vez. Taison não pode reclamar: era titular mas deixou a equipe por ter perdido a cabeça na agressão contra o Santo André. Foi punido pelo STJD e Edu, chamado na urgência, deu conta do recado. Sandro, quando voltar da Seleção Brasileira, retoma naturalmente o lugar de Magrão.

Então, ficamos assim: Lauro; Bolívar, Sorondo e Fabiano Eller; Giuliano,  Sandro, Guiñazu, D'Alessandro e Kléber; Edu e Alecsandro.

Se mantiver o nível de atuação dos dois jogos no Beira-Rio, contra Goiás e Celso Roth, é um time para lutar pelo título.





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