| 21/08/2009 21h56min
A torcida do Corinthians, provavelmente, terá de se contentar com um argentino bem menos conhecido vestindo a camisa 10 do clube na Copa Libertadores de 2010. Riquelme, grande sonho da diretoria para reforçar o elenco no ano do centenário, ficou mais distante depois das primeiras conversas com o Grupo DIS, parceiro do clube na transação.
Daniel Bolotnicoff, empresário do jogador, revelou a um representante brasileiro da empresa, em reunião nesta semana, em Buenos Aires, a pedida salarial para que pudesse dar sequência à negociação: nada menos que US$ 3 milhões (cerca de R$ 5,4 milhões) por um contrato de um ano. A informação foi passada por um membro do DIS ao site Globoesporte.com.
O valor foi considerado extremamente elevado pelo Corinthians. O clube deve desembolsar US$ 4 milhões para comprar 80% dos direitos do jovem meia Matías Defederico, do Huracán, considerado uma das maiores promessas do país vizinho nos últimos anos.
Apesar do obstáculo, o Corinthians não pretende desistir. A diretoria aposta ainda no trabalho do departamento de marketing para arrecadar mais dinheiro e, claro, conta com uma redução no montante que Riquelme pretende receber no Brasil. Defederico, aliás, está sendo comprado com valores obtidos pelo diretor de marketing Luiz Paulo Rosenberg, que até vem conduzindo o negócio.
O Corinthians parte agora para o ataque em uma outra frente. O clube tentará convencer o Boca Juniors a negociar Riquelme em uma nova reunião com o diretor e ex-técnico Carlos Bianchi. Thiago Ferro, representante do DIS, esteve no Parque São Jorge nesta sexta-feira à tarde para conversar com o presidente Andrés Sanches, mas o celular dele permaneceu desligado durante todo o dia.
Os clubes argentinos passam por uma grave crise financeira. O próprio Boca teve de se desfazer de uma de suas principais estrelas, o atacante Rodrigo Palacio, por € 5 milhões (R$ 13 milhões) em uma venda para o Genoa-ITA. A negociação de Riquelme não só renderia dinheiro ao clube como também reduziria a folha salarial, a maior da Argentina.
Riquelme tem contrato com o Boca Juniors até o fim de junho de 2010, mas chegou a dizer que abriria negociações com o Corinthians caso fosse autorizado por seu clube e se animou com a possibilidade de atuar ao lado de Ronaldo, grande cartão de visitas do time para atrair reforços.
– O Riquelme é um sonho. Temos de agir em duas frentes. Primeiro, como tirá-lo do Boca. Segundo, como arcar com o alto salário para realizar tal sonho. É um sonho que está longe de se tornar realidade. Temos de seguir com os pés no chão e viver a realidade que temos – disse o diretor de futebol Mário Gobbi Filho, nesta sexta.
As informações são do site Globoesporte.com.
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