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 | 21/08/2009 05h30min

Victor está na sala de embarque da Copa de 2010

Diogo Olivier, colunista online  |  diogo.olivier@zerohora.com.br


 Vinicius Rebello




 




É um detalhe, mas um detalhe que pode estar mudando para sempre a vida do goleiro Victor (foto). A sua segunda convocação é quase um passaporte com o carimbo da CBF para a Copa do Mundo do ano que vem, na África do Sul. Desta vez, o técnico Dunga não o chamou como terceiro jogador da posição, mas como segundo. À frente dele, apenas Júlio César, o melhor goleiro do mundo na atualidade. Está claro que Dunga está estudando quem deve ser o reserva imediato do milagreiro da Inter, de Milão.

A inclusão de  Victor na lista de relacionados da Seleção Brasileira para enfrentar a Argentina mostra que o goleiro do Grêmio tomou a dianteira de Gomes, do Tottenham, seu principal concorrente.

Os movimentos de Dunga apontam para isso. A primeira convocação de Victor foi para o jogo contra o Paraguai, pelas Eliminatórias, no Recife. Dunga chamou os três: Júlio César, Gomes e o santo tricolor que embasbacou o país com aquela atuação incrível na goleada de 4 a 1 sobre o Flamengo, no último domingo.

Depois, veio o amistoso diante da improvável Estônia, em Tallinn, quando o futebol ficou um tanto de lado. Ali, o hino foi muito mais interessante, inclusive. Pelo lado brasileiro, a porto-alegrense Denise Fontoura arrasou. Pelo lado estoniano, uma loira de olhos azuis que esquentou os comentários de blogues, twitter, orkuts, facebooks, sites, enfim, o universo web inteiro, por conta da sua beleza realmente impressionante. Bem, voltemos a Victor.

Neste amistoso contra a Estônia, Dunga chamou Gomes. Deixou Victor no Olímpico. Agora, contra a Argentina, será o contrário: Gomes sai, entra Victor. Critérios iguais? Em tese, sim. Na prática, não.

Victor está sendo chamado como segundo goleiro contra a Argentina. E não para um amistoso festivo. Maradona levou o jogo para Rosário disposto a fazer do Gigante de Arroyto um inferno. Se algo acontecer com Júlio César, será Victor o goleiro.

Ao apostar em Victor como segundo goleiro para um compromisso desta envergadura, Dunga sinaliza que começa a tomar uma decisão sobre quem será o reserva de Júlio César na Copa.

Doni, antes presença constante das listas do técnico e principal inimigo de Victor, está em má fase no Roma. Os 46 gols sofridos no Campeonato Italiano e suas atuações ruins em jogos decisivos colocaram o ex-goleiro do Juventude e do Corinthians na mira dos críticos. Doni parece não ter conseguido vencer os problemas no tendão patelar do joelho direito que o afastaram do futebol durante meses.

Elevado ao patamar de reserva de Júlio César na Seleção, Victor se garante entre os 23 jogadores que vão à Copa se mantiver a regularidade em alto nível neste um ano que falta para o Mundial. 

Como desde a chegada ao Grêmio, em janeiro de 2008, tem sido assim, Victor pode se considerar na sala de embarque da Copa da África. Algo que não acontecia desde Taffarel. Pelo que vem jogando, uma condição justa e merecida.




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