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 | 10/08/2009 05h33min

Clube adota rédeas curtas no vestiário

De volta ao Brasileirão, Inter mostra que a mexida de Fernando Carvalho ainda repercute das contratações às escalações

Leandro Behs  |  leandro.behs@zerohora.com.br

Ainda em estado de emergência, o Inter enfrenta o lanterna Sport hoje à noite no Beira-Rio. Será a volta do time ao Brasileirão depois do retiro no Japão e a taça da Copa Suruga. Mesmo que o epicentro da sacudida prometida por Fernando Carvalho esteja no passado, seus efeitos seguem atingindo o vestiário. O último deles foi a volta de Fabiano Eller e a rescisão de contrato do zagueiro Álvaro – que foi unilateral, embora a versão oficial seja de fim amigável.

Antes do embarque para o Japão, há 10 dias, ficou decidido que, no retorno, alguns medidas no vestiário deveriam ser tomadas para o time retomar a campanha no Brasileirão. Uma delas era afastar Álvaro. Sua insatisfação com a reserva começava a se disseminar entre outros jogadores. Um motim no vestiário era iminente.

Álvaro foi mandado embora, mas, para não manchar a imagem do jogador, houve um acerto com a direção para que o discurso de “acordo amigável” fosse unificado. Até o meio da semana deverá ser apresentado pelo Fluminense.

A nova mentalidade do vestiário pode ser detectada nas respostas mesmo em perguntas corriqueiras. Na sexta-feira, ao falar da contratação do atacante Edu e de suas características, Tite foi objetivo:

– Fora de campo, Edu também tem uma conduta correta, dentro daquilo que o Inter precisa.

Outro problema que parece resolvido é o de D’Alessandro. Afastado do grupo depois da derrota para o Botafogo, ficou de fora da viagem ao Japão. Seguiu no Beira-Rio para melhorar a parte física e “esfriar a cabeça”, segundo um dirigente. Seus frequentes rompantes de fúria prejudicavam seu rendimento e o do meio-campo. D’Alessandro volta ao grupo, mas como reserva de Andrezinho, referência técnica do time nos últimos jogos. Hoje, só entrará se Andrezinho, ou Taison, cansarem.

Outra mudança começará a ocorrer a partir de hoje, quando Fabiano Eller chegar a Porto Alegre. A ideia é ter outra vez uma saída de bola qualificada desde a defesa. Além disso, Índio – em má fase – deve perder a posição. Sorondo passaria a atuar do lado direito, formando dupla com Eller. Não está descartada uma concorrência entre Bolívar, outro que precisa de afirmação, e Índio na lateral-direita.

Magrão, de fora da viagem ao Japão por lesão no tornozelo, passou a ser um empecilho à contratação de Cléber Santana. O empresário Juan Figer é dono de parte dos direitos dos dois jogadores e não gostaria de colocá-los no mesmo clube e disputando posição. A vinda de Cléber estava encaminhada, mas Magrão recusou a proposta do Al-Wahda, dos Emirados Árabes. Agora, o Inter tenta convencer Figer de que se trata de um bom investimento tirar Cléber do Atlético de Madrid e colocá-lo no Beira-Rio. Como esse negócio segue em aberto, a sacudida sutil de Carvalho segue provocando mudanças no vestiário.

ZERO HORA
Arivaldo Chaves / 

Ao comentar a vinda de Edu, o técnico Tite destacou que se trata de um jogador de “conduta correta” fora de campo, perfil que virou pré-requisito no Inter
Foto:  Arivaldo Chaves


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