Naquela tarde de agosto de 1997, Christian não foi o protagonista, como tantas vezes havia sido durante o ano. O centroavante do Inter marcou o primeiro gol da goleada de 5 a 2 sobre o Grêmio, mas foi expulso pouco depois. Restou torcer para o amigo Fabiano. Doze anos depois, Christian relembra o histórico Gre-Nal 335, que define como um dos melhores momentos que viveu com a camisa do Inter:

— Jogamos muito. Naquela época estava dando tudo certo. Estávamos com o grupo unido, fechado, e uma equipe muito bem montada pelo Celso Roth. Estávamos marcando forte e jogando como tem que ser em Gre-Nal. Depois das expulsões, abriu. Aí apareceu a estrela do velho e louco Fabiano, que resolveu o jogo para nós.

Vídeo especial conta a história do Gre-Nal dos 5 a 2:


Christian se derrama em elogios a Fabiano e aos demais ex-companheiros de time. Diz que o quarteto composto por Arilson (Marcelo), Sandoval, Fabiano e ele foi a melhor formação de meio-campo e ataque com que ele teve a oportunidade de jogar.

— Ali foi onde tudo começou. O Fabiano foi um cara muito importante para a minha carreira. Me ajudou muito, aprendi muito com ele, Eles eram a minha bengala. Se hoje o Christian é lembrado como um artilheiro, tudo começou com esses caras, devo muito a eles. O Fabiano foi um dos melhores cruzadores de bola com que eu já joguei. Ele colocava a bola para mim, não jogava para a área, simplesmente. Todo mundo sabia a nossa jogada e dava sempre certo — relembra.

Um dos tantos jogadores a disputar Gre-Nais pelos dois times, Christian conta pela primeira vez uma história curiosa motivada pela rivalidade Gre-Nal:

— Tem um fato muito marcante para mim. Quando ganhamos do Inter no Beira-Rio por 1 a 0 em 2003 e eu fiz o gol, do dia seguinte, eu fui na casa dos meus pais. Eles são colorados doentes, e o meu pai não quis me atender. Depois de um dia tão importante para um filho, o normal seria ele me dar os parabéns. Mas ele não deu nem boa tarde (risos)! Na época não contei isso, só estou contando agora.