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 | 07/07/2009 05h10min

Recopa pode dar os 100 mil sócios ao Inter

Diogo Olivier, colunista online  |  diogo.olivier@zerohora.com.br



O sonho era chegar aos 100 mil sócios no dia da final da Copa do Brasil, contra o Corinthians, em 1º de julho. Mas a bordoada do Pacaembu arrefeceu a corrida por associações. Assim, de lá para cá, o acréscimo de novos colorados contribuintes aumentou de 99.464 para 99.573.

Conforme indica o visor da calculadora içada da minha gaveta aqui na Redação da Zero Hora, restam 427 pessoas até o Inter bater no número mágico que o colocará nas manchetes do Brasil inteiro. São dados quentes, recém tirados do forno da Central de Atendimento ao Sócio (CAS). Bem, a conclusão é um tanto óbvia.

Se o Inter voltar de Quito com o título da Recopa diante da LDU, revertendo o anticlímax gerado pela derrota para os equatorianos por 1 a 0 no Beira-Rio e a perda da Copa do Brasil logo em seguida, o exército vermelho vai a 100 mil em questão de horas.


Não deixa de ser um elemento motivacional para o Inter tentar o bi da Recopa Sul-Americana, ainda que o discurso de dirigentes, comissão técnica, funcionários e plátanos do gramado suplementar seja o de respirar Campeonato Brasileiro as 24 horas do dia, de olho em um título inalcançado há três décadas.

A última vez, como se sabe, foi o tri invicto em 1979, no embalo de Batista, Falcão, Jair e Mário Sérgio, um dos maiores quartetos de meio-campo da história do futebol brasileiro. Se voltar da altitude do Equador com a taça estará criado o ambiente para a marca centenária ganhar contornos épicos.

E não será épico pelo número em si, apenas. Falo do dinheiro. De uma fortuna. Por ano, o Inter lucrará com o seu quadro social 20 milhões de dólares, o equivalente ao montante embolsado pelo clube na venda de Alexandre Pato ao Milan.

Simples, assim: 100 mil sócios é igual a um Pato.

Quando isto acontecer, a direção irá sortear 10 afortunados entre os 100 mil. Todos receberão diplomas simbólicos. De fato, não é justo que contribuintes de longa data sejam menos celebrados que um cristão novo, eternizado no clube apenas pela coincidência de ser ele o sócio 100 mil.

Marketing à parte, o fato é que um eventual título da Recopa, a esta altura quase uma zebra em razão das circunstâncias, pode dar ao Inter os 427 sócios que faltam antes do Pedro Ernesto terminar a narração do próximo gol de Nilmar.


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