| 17/06/2009 18h14min
Sobre o jogo do Olímpico, me veio em mente algo que já ouvi aqui e ali algumas vezes nesta temporada. Sempre que o Grêmio foi campeão, de torneio de xadrez ao Mundial de 1983, a relação entre time e torcida era indissolúvel. Uma espécie de simbiose. Sem vaias, sem muxoxos, aquele apoio incondicional mesmo se houver discordância sobre a conveniência de escalar este ou aquele jogador. Este ano não tem sido exatamente assim.
Antes, havia Celso Roth. O ex-técnico, odiado pela torcida, funcionava como inibidor. Como se entregar de coração e alma para uma equipe com um comandante indesejado? Claro que o torcedor sabia separar as coisas: Celso Roth para cá, Grêmio para lá. A balança sempre pendeu em favor da instituição. Mas não como nos tempos de Felipão, do próprio Tite em 2001 e, mais recentemente, com Mano Menezes.
Mas agora há Paulo
Autuori. Celso Roth é passado. Contra o Náutico,
pelo Brasileirão, por exemplo. No primeiro tempo, quando o Grêmio não jogava bem e buscava seus caminhos, encontrados na volta do intervalo, era perceptível a irritação no estádio. Com Souza, especialmente Souza. Mas também com Ruy, Adilson, Alex Mineiro. Não que esteja errado vaiar. Ao contrário: o direito de expressar livremente a crítica é o alicerce não só da democracia, mas da civilidade e do bom senso.
Faltando tão pouco para uma possível final de Libertadores, creio que a torcida deveria, daqui a pouco mais de três horas, deflagrar aquele processo de simbiose com o time. Que o ingresso de Douglas Costa, as queixas com Alex Mineiro, que tudo isto fique para depois. Daqui para frente, será preciso a torcida apoiando mesmo diante do mais bisonho dos erros. Do contrário, sem uma equipe como a de 1995, vai ficar quase impossível o tri da Libertadores. Ou não?
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