Alex Mineiro não precisou fazer gols contra o Náutico, quinta-feira, para mostrar que Paulo Autuori estava certo ao fixá-lo como parceiro de Maxi López.

O atacante de fala quase inaudível, que contribuiu para a vitória do Grêmio com dois passes precisos, bem aproveitados por Souza, se diz beneficiado por ter atuado como preparador das jogadas, distante do confronto com os zagueiros.

Foi o currículo de Alex Mineiro que determinou a retirada de Jonas, goleador do time em 2009. Responsável por seu lançamento no Cruzeiro, campeão da Libertadores de 1997, Paulo Autuori confiou que ele não havia perdido a ambição como jogador. O bom desempenho nos treinamentos foi o primeiro passo para recuperar a posição no time.

– Ele é um jogador fino, que faz gols e dá assistência por onde passa. Sua característica casa bem com a de Maxi López – resume Autuori.

Em sua melhor fase, campeão brasileiro pelo Atlético-PR, em 2001, atuava ao lado de Kléber Pereira. No Cruzeiro de 1997, a referência do ataque era Marcelo Ramos. O Palmeiras de 2009 pode ser considerado uma exceção em sua trajetória. Ele atuava mais adiantado do que Cléber. Ainda assim, terminou o ano com 37 gols.

– Pelo meu porte (tem 1m75cm), é difícil ficar trombando com os zagueiros. Sou mais técnico – diz.

Agora, planeja voltar a fazer gols o quanto antes. Em 17 jogos na temporada, foram somente quatro. Todos eles no Gauchão. Ontem, ele precisou da ajuda dos jornalistas para lembrar de quando havia feito o último. Foi no Gre-Nal de 1º de março, no Beira-Rio, jogo que decidiu a Taça Fernando Carvalho, o primeiro turno do Gauchão. Em 2008, nessa mesma época, já haviam sido 15 gols.