Após uma semana tensa, marcada pelo vandalismo de torcedores no treino, o Fluminense parecia, enfim, decretar a paz no clube com uma vitória. Porém, após estar vencendo por 1 a 0 o Náutico até os 48 minutos do segundo tempo, o Tricolor bobeou, cometeu pênalti, e cedeu o empate. Pelas circunstâncias, o 1 a 1 foi ótimo para o Timbu e péssimo para o time de Parreira.

A tônica do primeiro tempo foi assistir a um jogo truncado. Tal característica se deve muito ao fato do gramado do Estádio dos Aflitos estar em estado lamentável.

É bem verdade, porém, que faltava criatividade às duas equipes. Com uma partida de nível técnico baixo, o Fluminense acabou se sobressaindo pelos talentos individuais que possui. Logo no início, o estreante lateral-direito Diogo deu belo passe para Fred que, cara-a-cara com o goleiro, colocou no fundo da rede dando fim ao jejum de cinco jogos sem marcar.

Nem mesmo em desvantagem no placar, o Náutico mudou a postura. O Timbu tinha dificuldades em trocar passes e pouco ameaçava o gol de Ricardo Berna. Não fosse a trave em chute de Thiago Neves, o Tricolor poderia ter saído de campo com uma diferença maior no resultado.

A segunda etapa começou mais movimentada e disputada. O Náutico, como não poderia deixar de ser, saiu para o jogo e começou a criar oportunidades. Logo no início, Aprilla cabeceou uma no travessão. Depois, o goleiro Ricardo Berna, que substituía o afastado Fernando Henrique, começou a aparecer com boas defesas.

No contra-ataque, o Fluminense também oferecia perigo. Fred perdeu algumas oportunidades de deixar o Tricolor em situação mais tranquila. Faltou mais capricho na finalização.

No fim do jogo, o Náutico proporcionou uma verdadeira pressão em cima do Tricolor. Em algumas oportunidades, o time de Parreira ficou com os 11 jogadores atrás. Ricardo Berna se virava como podia para impedir o empate. No entanto, logo no último minuto da partida, Maicon fez pênalti em Anderson Lessa e Gilmar, na cobrança, igualou o placar, dando sequência assim ao calvário tricolor.