| 20/05/2009 16h44min
Mauro Vieira
Se não há dinheiro no Olímpico para contratações capazes de reforçar o time na Libertadores, uma boa alternativa é a que está sendo gestada por Paulo Autuori. Está claro, pelas entrevistas e o interesse em conversas individuais nos treinos, que o novo técnico vai revolucionar Tcheco. Mais perto da área, mais armador, mas finalizador. Menos distante da zona em que as jogadas se decidem, menos volante, menos garçom.
Trata-se de uma providência que pode ser decisiva para o Grêmio.
Tcheco é experiente, tem o passe refinando e, quanto mais perto
do goleiro adversário estiver, maiores serão as chances de encaminhar um lance terminal. Foi assim que ele se destacou no começo da carreira no
Coritiba, surgindo como um jogador de exceção, daqueles cujo destino certo era a Seleção Brasileira.
Com Celso Roth Tcheco estava escondido, quase como um segundo volante tradicional. Teve várias boas atuações por ser um jogador inteligente, que sabe dançar conforme a música do comandante da hora. Aceitou sem reclamar desempenhar ações quase que apenas defensivas em determinadas partidas.
Ao vislumbrar o fim dos três zagueiros para explorar melhor o futebol de Tcheco, o técnico Paulo Autuori mostra uma qualidade dos vencedores.
Ele preocupa-se em identificar as virtudes de seus jogadores para depois montar o esquema tático, em vez de chegar com um modelo pronto. No caso de Tcheco, está claro: esta virtude é sua alta capacidade técnica. Autuori quer este talento a serviço dos atacantes Maxi López e Jonas. Para servi-los ou servir-se deles eventualmente.
O novo Tcheco, o Tcheco de Paulo Autori, o
Tcheco meia-atacante, o Tcheco no 4-4-2, é este Tcheco que
pode ser o grande — e econômico — reforço do Grêmio na Libertadores.
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