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 | 15/05/2009 03h26min

Autuori já conhece o Grêmio

Técnico recebe do gaúcho Renê Weber relatórios detalhados do time

Leonardo Oliveira e Luís Henrique Benfica  |  leonardo.oliveira@zerohora.com.br; luis.benfica@zerohora.com.br

Não começará do ponto zero o trabalho de Paulo Autuori a partir de segunda-feira. Desde que abriu negociações em sigilo no início de abril com o vice de futebol, André Krieger, o técnico recebe do gaúcho Renê Weber relatórios detalhados do Grêmio.

Mesmo no Oriente, Autuori também faz sua parte. Na madrugada de segunda-feira, no Catar, onde treina o Al-Rayyan, assistiu pela Globo Internacional ao teipe do empate em 1 a 1 entre Grêmio e Santos. Gostou da aplicação do time em campo.

— Ele lembrou que o Grêmio mantém as características tradicionais, ou seja, usa futebol de chegada e qualidade. É o que se considera ideal — entende Weber.

Os relatos não podem ser mais confiáveis. Desde 1982, quando conheceram-se no São Bento-SP, foram poucas as temporadas em que Autuori e Weber não estiveram juntos. A parceria já rendeu aos dois um título brasileiro (Botafogo, em 1995), duas Libertadores (Cruzeiro, em 1997, e São Paulo, em 2005) e um Mundial (São Paulo, 2005).

– Nos entendemos por música, e o Grêmio não é terreno estranho para nenhum de nós; é muito familiar – adianta Weber, confirmado no cargo de auxiliar técnico.

Desde o início do ano, quando esteve no Caxias, o auxiliar observa o Grêmio. Weber conferia os jogos na Libertadores e repassava as informações a Autuori.

O auxiliar, no entanto, evita comentar se o técnico optará pelo esquema 4-4-2, com a retirada de um dos zagueiros e o ingresso de Túlio no meio. No Brasileirão de 1995 e na Libertadores de 1997, Autuori usou esse sistema. Mas foi com três zagueiros que ganhou os títulos de 2005 pelo São Paulo.

— Falar sobre o assunto só atrapalharia, o foco é a partida de sábado — diz.

Amigo de Autuori desde o início dos anos 90, Baidek é outro informante. Tratando de negócios no Catar, manteve longas conversas com o técnico. Repassou a ele o conhecimento acumulado em 11 anos de Grêmio.

— Ele já conhece bastante o Grêmio. E eu lhe repassei todas as informações sobre a história do clube — avisa Baidek, por telefone.

Na quarta-feira, depois de se classificar para a final da Copa do Emir, Autuori encontrou Baidek em um hotel de Doha. Falaram sobre a Libertadores e do início do Brasileirão.

— O Paulo (Autuori) acredita que o Grêmio tem condições de ganhar a Libertadores — conta Baidek.

Se mudará o 3-5-2 para o 4-4-2, com Túlio no meio, não ficou esclarecido, embora tenha feito a defesa veemente dos quatro zagueiros.

— O Grêmio ganhou dois Brasileirões, duas Libertadores e o Mundial Interclubes com quatro na defesa. O Inter fez o mesmo — disse.

Sobre a preferência de Autuori, Baidek aposta que o líbero está com os dias contados no Olímpico. Segundo ele, em quase todos os times, Autuori trabalhou com o 4-4-2. A exceção foi o São Paulo, campeão mundial em 2005. Naquela ocasião, ele assumiu o time com o 3-5-2 já montado em meio à Libertadores.

— Ele vai analisar os jogadores antes de qualquer medida.

Confira em gráfico o perfil de Paulo Autuori:

ZERO HORA
SMG, divulgação / 

Mesmo em atividade no Al-Rayyan, no Catar, desde o início de abril Autuori (D) recebe relatórios sobre o Grêmio, que o auxiliar Rene Weber acompanha desde janeiro
Foto:  SMG, divulgação


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