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 | 29/04/2009 11h10min

O técnico do Grêmio na reta final precisa ser um peso-pesado

Diogo Olivier, colunista online  |  diogo.olivier@zerohora.com.br













Está certo o presidente Duda Kroeff (C) ao não ceder aos encantos dos que já admitem como bom negócio efetivar Marcelo Rospide.

Com o ótimo desempenho do interino desde que assumiu o posto vago após a demissão de Celso Roth, é até justo cogitar desta possibilidade. Mas só como prêmio ao trabalho desenvolvido por um profissional cuja folha de serviços prestados ao clube conta 15 anos. Na hora decisiva, vale muito a figura de um treinador experimentado.

Parece óbvio _ mas não é. Quando os jogadores olham para a beira do campo e vêem ali um homem que já enfrentou várias decisões, tudo muda. Se o jogo estiver encardido, basta o gesto de um vencedor na área técnica e o campo se inunda de confiança. E confiança, se não é tudo, é um bom pedaço.

Ainda que Souza e Tcheco elogiem Rospide, ambos sabem que a vinda de Paulo Autuori, caso seja ele mesmo o ungido pela direção, será um acréscimo inquestionável. O Grêmio seria encarado de outra forma pelos adversários. Quantos clubes podem encher o peito e dizer que estão sob o comando de um bicampeão da Libertadores  e campeão mundial?

O ideal seria o Grêmio já ter o seu treinador efetivo. Autuori ou qualquer outro. Que estaria trabalhando, entrosando o time e conhecendo os jogadores. Deu tudo certo com Rospide, é verdade, mas o risco assumido foi alto.

Portanto, está certo o presidente Duda Kroeff. Na reta final, não há mais espaço para riscos desta natureza. É preciso um peso-pesado na casamata. Mesmo que dê tudo errado na negociação com os árabes e Autuori não venha. Ainda assim.


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