O Cruzeiro conseguiu o que queria. Venceu o Deportivo Quito por 2 a 0, na noite desta quarta-feira, no Mineirão, e avançou para as oitavas-de-final da Libertadores com o primeiro lugar do Grupo 5. O time mineiro precisava apenas de um empate para conseguir sua vaga, mas ganhou o jogo, chegou aos 13 pontos e eliminou a equipe equatoriana — a segunda vaga da chave foi para o Estudiantes, que empatou por 0 a 0 com o Universitário Sucre na outra partida do dia.

Em seu centésimo jogo pela Libertadores, o Cruzeiro mostrou boa movimentação em campo, envolvendo facilmente o adversário. Assim, abriu uma vantagem de dois gols ainda na etapa inicial. O primeiro lance de perigo foi logo aos 11 minutos, quando o atacante Kléber avançou pela direita e, ao tentar fazer um cruzamento, acertou o travessão do gol equatoriano. Três minutos depois, o meia Wagner cobrou escanteio pela esquerda e o zagueiro Léo Fortunato, na pequena área, abriu o placar.

O time mineiro conseguiu ampliar a vantagem aos 26 minutos. Após a defesa equatoriana afastar parcialmente uma bola cruzada pelo volante Ramires, o meia Wagner aproveitou o rebote e arriscou de fora da área, marcando um belo gol. A bola bateu no travessão e nas costas do goleiro Bonard García antes de entrar: 2 a 0 Cruzeiro.

O primeiro tempo, no entanto, também foi marcado pelas jogadas violentas dos atletas equatorianos. Aos 20 minutos, Kléber levou um soco do volante Edwin Tenório, mas o árbitro paraguaio Carlos Amarilla não marcou nem falta. Pouco depois, o atacante do Cruzeiro revidou e recebeu o amarelo.

No segundo tempo, o jogo continuou nervoso, com o Deportivo Quito ainda abusando das faltas violentas. O árbitro paraguaio distribuiu três cartões vermelhos: para os meio-campistas Oswaldo Minda e Mauricio Donoso, do time equatoriano; e para o volante Fabrício, do Cruzeiro.

Com um jogador a mais em campo, o Cruzeiro criou bastante, mas desperdiçou todas as oportunidades. Ao final do jogo, os jogadores do time mineiro reclamaram da violência do adversário.

— Tem que ter muito sangue-frio. A gente fala com o juiz e ele finge que não vê. O Kléber tomou uma porrada na cara, o que é brincadeira — comentou o atacante Wellington Paulista.

Com a vaga nas oitavas-de-final da Libertadores assegurada, o pensamento do Cruzeiro se volta agora para a primeira partida da final do Campeonato Mineiro, no domingo, contra o seu maior rival, o Atlético-MG.

— Já amanhã (quinta-feira), no treinamento, vamos com tudo pensando nessa final — comentou o meia Wagner.

FICHA TÉCNICA:

Cruzeiro 2 x 0 Deportivo Quito

Cruzeiro — Fábio; Jonathan, Léo Fortunato, Leonardo Silva e Gérson Magrão; Fabrício, Marquinhos Paraná, Ramires (Henrique) e Wagner (Thiago Ribeiro); Kléber e Wellington Paulista (Bernardo). Técnico: Adilson Batista.

Deportivo Quito — Bonard García; Corozzo, Caicedo, Luis Checa e Isaac Mina; Edwin Tenorio, Luis Tenorio, Oswaldo Minda, e Mauricio Donoso; Asencio (Baldeón) e Leider Preciado (Escobar). Técnico: Darío Insúa.

Gols — Léo Fortunato, aos 14, e Wagner, aos 26 minutos do primeiro tempo.
Árbitro — Carlos Amarilla (PAR).
Cartões amarelos — Mina, Leonardo Silva, Marquinhos Paraná, Kleber e Corozzo.
Cartões vermelhos — Oswaldo Minda, Mauricio Donoso e Fabrício.
Público — 34.355 pagantes.
Renda — R$ 480.350,00
Local — Estádio Mineirão, em Belo Horizonte