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 | 21/02/2009 06h37min

Às vésperas de estrear na Libertadores, Roth cobra contratações

Técnico critica direção e agita ambiente antes de encarar o Juventude, às 16h

Celso Roth partiu para o ataque. Contra a direção. Na entrevista antes da decisão de hoje, às 16h, contra o Juventude, no Olimpico, cobrou os dirigentes pela demora na contratação de substituto para Willian Magrão. Também criticou-os por concordar com o calendário do Gauchão. O time precisará jogar três vezes em cinco dias caso chegue à final da Taça Fernando Carvalho.

Odesabafo do técnico veio a partir de pergunta corriqueira sobre a partida contra o Juventude. Um repórter indagou-o sobre os perigos do adversário que eliminou seu time em 2008. Visivelmente desconfortável, Roth soltou o verbo. Disse que, em caso de eliminação, o "Gauchão se tornará a competição mais importante do mundo". Em seguida, emendou reclamações sobre a possível maratona de jogos a partir da estreia na Libertadores, quarta-feira:

— Quando a tabela foi feita, o representante do Grêmio aceitou. Espero que tenha lutado com todas as forças pelo clube, mas ela não ficou boa para nós. É desumano jogar a cada 48 horas.

A reunião a que Roth se refere ocorreu no Hotel Sheraton, em Montevidéu, em 23 de novembro. Como a equipe enfrentava o Vitória no Barradão e lutava pela liderança do Brasileirão, coube ao vice de marketing, César Pacheco, representar o clube. Pacheco votou a favor da tabela, aprovada por unanimidade. Alega que, caso se posicionasse contra, seria voto vencido. E garante garante ter questionado o calendário.

— Aprovei porque não poderia apresentar aos demais clubes uma tabela direcionada ao Grêmio. Seria voto vencido facilmente. Além do mais, naquele momento não estávamos garantidos na Libertadores — justificou Pacheco.

Sobre a demora nas contratações, Roth lembrou que havia carências no grupo mesmo antes de Willian Magrão sofrer ruptura no ligamento cruzado anterior do joelho e parar seis meses. Ele cita como deficiências a falta de um reserva para Ruy e de outro articulador.

— Temos deficiências, e a situação se agravou depois da perda do Willian — alertou.

O vice de futebol André Krieger condenou a postura de Roth. Ressaltou que o técnico não poderia se queixar publicamente da situação por saber da situação financeira do clube e das dificuldades causadas pela crise econômica:

— O mercado está em recessão, e o Grêmio não dispõe de recursos financeiros de que gostaria. O Celso (Roth) sabia disso.

Um ano de comando
Há um ano, Celso Roth reestreava no Grêmio com um 2 a 1 no Esportivo. Veja seus números nesta sua terceira passagem pelo clube:
63 jogos, 37 vitórias, 14 empates
12 derrotas, 66,1% de aproveitamento
O TÉCNICO SOLTA O VERBO
“O Grêmio está entre a cruz e a espada. Se coloca um time reserva, é criticado. Aí vem a Libertadores e tem que jogar na quarta-feira, depois na sexta e no domingo. Isso não existe. É castigo para quem busca algo maior”
“Não é lógico jogar pela Libertadores quarta-feira, uma semifinal na sexta-feira e um Gre-Nal no domingo”
“O Gauchão só não é importante quando você ganha. Se perde, vira o campeonato mais importante do mundo”
“Já tínhamos a necessidade de contratações antes mesmo da lesão do Willian Magrão. Em alguns setores, temos deficiências. Com a lesão, a situação se agravou”

ZERO HORA
 

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