| 02/02/2009 15h12min
O arquiteto Thiago Fortkamp, responsável pelo projeto da Arena Florianópolis, que prevê uma reforma em todo o Orlando Scarpelli e entorno a fim de ser uma das sedes da Copa do Mundo de 2014, esteve no clicRBS participando de um chat com os internautas, onde elucidou questões sobre a construção.
A idéia de Fortkamp na concepção da Arena Florianópolis foi aproximar os torcedores do jogo, como um caldeirão, a exemplo da Vila Belmiro, do Santos, ou La Bombonera, do Boca Juniors, na Argentina.
— O estádio seguirá o estilo da Bombonera, proporcionando uma grande proximidade do público em relação ao gramado. Estamos usando as menores distâncias exigidas pela Fifa, o que deixará o público praticamente dentro do jogo.
Ele garantiu que o projeto sai do papel com a realização da Copa em Florianópolis ou não.
— Estamos totalmente confiantes que este sonho em breve se tornará uma realidade. A Arena Florianópolis sai com ou sem Copa — garantiu.
De acordo com ele, a inspeção realizada pela Fifa no último sábado, a fim de analisar as condições oferecidas pelas candidatas à cidades-sede da Copá do Mundo de 2014, teve resultados satisfatórios no que diz respeito à Arena.
— Os técnicos da Fifa fizeram algumas considerações, porém todas foram respondidas prontamente e a contento pela equipe técnica do projeto. Serão 1.064 vagas dentro do estádio, mais cerca de 2.100 vagas no entorno imediato. O estacionamento será em parte subterrâneo. Profissionalmente, acredito que o Estreito tem todas as condições de sediar uma partida de Copa do Mundo sim, e estamos fazendo tudo para que isso se concretize.
Sistema viário
Uma das preocupações dos internautas foi no que diz respeito à mobilidade urbana. O arquiteto foi enfático ao afirmar que os novos sistemas viários, por meio de metrô de superfície, além da conclusão das obras da Beira-Mar Continental, são dois fatores favoráveis e que tornam a região adequada para sediar os jogos.
— A mobilidade urbana é um problema em todas as cidades do Brasil, mas o novo metrô de superfície e as demais melhorias nas ruas do bairro, como a conclusão da Beira-Mar Continental, tornarão o fluxo de pessoas e veículos totalmente adequado.
Outra questão levantada durante o chat foi sobre o nome. Por que denominar Arena Florianópolis o novo estádio do Figueirense? Segundo Fortkamp, esta é uma das exigências da Fifa.
— A Fifa não permite que os estádios tenham nomes de personalidades ou de empresas, e exigem que cada estádio seja batizado com o nome da cidade — explicou.
Investimentos privados
Fortkamp também confirmou que os investimentos na Arena serão todos de ordem privada e que as parcerias efetivadas pela Figueirense Participações já garantiram a construção do novo estádio. Além disso, o arquiteto explicou sobre as preocupações ambientais do projeto.
— Usaremos toda a água da chuva para a irrigação do gramado, além de reutilizar as águas dos sanitários, permitindo uma grande economia de água. Usaremos energia solar através de um projeto desenvolvido pela Instituto Ideal e pelo professor Ricardo Rutter, da Universidade Federal de Santa Catarina.
O início das obras ocorrerá até 31 de janeiro de 2010. A previsão de conclusão é no dia 31 de dezembro de 2012, dentro do calendário estipulado para sediar a Copa de 2014.
Veja abaixo a íntegra do chat com o arquiteto Thiago Fortkamp.
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