| 20/01/2009 15h22min
O inglês Bernie Ecclestone, chefe da Fórmula-1, lembrou às escuderias participantes do Mundial da categoria que haverá uma forte queda nas receitas para 2009 por conta da crise financeira. O dirigente, detentor dos direitos comerciais do Mundial de F-1, quer fixar um teto às despesas das equipes para garantir o futuro da categoria em longo prazo. A informação é do jornal Financial Times.
Os problemas nos mercados financeiros afetaram muito as equipes, que investem US$ 1,3 bilhão anualmente no esporte. Em crise, a Honda anunciou a retirada da categoria ainda em dezembro. Como medida de prevenção, os nove times restantes concordaram em não realizar testes durante a temporada. A Federação Internacional do Automóvel (FIA) também pretende introduzir um motor padronizado a partir de 2010.
Mas as escuderias argumentam que essas reduções não são suficientes e pedem mais dinheiro ao consórcio proprietário da F-1: o grupo financeiro CVC, Ecclestone, seu truste familiar e o banco JP Morgan. Bernie disse ao Financial Times que as equipes não devem criar expectativas nesse sentido.
– Não temos que pagar mais, e lhes daremos menos – explicou o inglês, acusando as equipes de má vontade para negociar contratos comerciais em longo prazo.
O empresário avisa que, como resultado da demora, as equipes podem perder aproximadamente US$ 50 milhões referentes ao que a Honda poderia ter obtido nesta temporada.
– Em outra época, tudo se limitaria a uma boa conversa com as pessoas que tem todo o dinheiro, mas agora eles chegam com advogados e nunca há um acordo – criticou Ecclestone.
Estima-se que o faturamento da F-1, vindo das corridas e contratos de televisão, foi de US$ 1,35 bilhão ano passado - as equipes participantes dividem 50% dos lucros subjacentes. O presidente de Ferrari e da Associação de Escuderias de Fórmula-1 (Fota, em inglês), Luca di Montezemolo, sugeriu mês passado que as equipes deveriam receber mais, e foi prontamente respondido por Ecclestone:
– Podem pedir mais dinheiro, mas não receberão – enfatizou.
A relação econômica entre a Fórmula-1 e as equipes segue indefinida porque o correspondente acordo venceu em 2007 e foi substituído por um memorando de entendimento, aparentemente não vinculativo legalmente. Segundo o documento, é preciso distribuir todo o dinheiro, mesmo com menos de 10 equipes.
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