| 16/01/2009 21h20min
O proprietário da empresa Bosembecker afirmou estar surpreendido com o desaparecimento do tacógrafo do ônibus que transportava o time do Brasil-Pe e sofreu acidente na noite de quinta-feira, próximo a Canguçu.
Arnaldo Cruz estava de férias em Santa Catarina e por causa do acidente está retornando ao Estado.
— Esse acidente nos abalou muito. A gente usa sempre carros novos, com revisões e manutenção constante. Tomamos todos os cuidados para isso não acontecer. E nunca tinha acontecido antes. Não existe nos 50 anos de história da empresa um acidente grave como este. Surpreende também essa história do tacógrafo. Como que isso pode sumuir, se os motoristas sempre entregam no fim das viagens? Não entendemos nada. Assim que chegarmos em Pelotas, vamos nos reunir com o advogado. Daí, vamos dar uma entrevista para deixar tudo bem claro — declarou.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) vai investigar o desaparecimento dos dados do dispositivo.
O tacógrafo é um dispositivo que
monitora a velocidade, tempo de viagem a e distância percorrida dos veículos. O uso do aparelho é obrigatório para veículos de transportes de passageiros com mais de 10 lugares. Os dados ficam registrados em discos de papel.
Questionado pelo Polícia Civil, o condutor do ônibus da empresa Bosembecker garantiu ter colocado os discos no tacógrafo ainda na sede da empresa. De acordo com o boletim de ocorrência, o motorista foi submetido a exame de bafômetro, que não constatou a ingestão de bebidas alcoólicas.
O delegado Félix Rafanhim garantiu, em entrevista à Rádio Gaúcha , que será possível saber a velocidade aproximada do ônibus, a partir do trabalho da perícia, independente do dispositivo.
— Se o tacógrafo foi subtraido, isto é um crime, que é adulteração de local especialmente protegido — afirmou Rafanhim.
O delegado disse ainda que apenas uma pessoa com conhecimento técnico poderia retirar o tacógrafo. Conforme
Rasanhim, o próprio motorista admitiu estar
um pouco acima da velocidade. A curva deve ser feita a 40 quilômetros por hora, mas ele estaria a 50 quilômetros por hora, conforme um depoimento preliminar.
A polícia vai começar a ouvir as testemunhas na próxima segunda-feira.
Fotógrafo de Zero Hora em Pelotas, Nauro Júnior acompanhou de perto os trabalhos de resgate ao ônibus do Brasil-Pe.Ouça o relato:
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