| 22/12/2008 23h34min
Paulo Odone deixou a presidência do Grêmio, na noite desta segunda-feira, com a sensação de dever cumprido. Quanto tomou posse para o início do terceiro mandato à frente do clube, o Tricolor vivia, talvez, o pior momento dos seus mais de 100 anos.
Quatro anos depois, a situação é bem diferente. Paulo Odone entregou o cargo ao novo presidente Duda Kroeff com o Grêmio classificado para a Copa Libertadores e com a situação econômica controlada:
– A grande coisa foi ter mudado a auto-estima da torcida gremista. Não posso deixar de recordar, em um momento destes, da Batalha dos Aflitos. Naquela final tudo poderia ter ido para o ralo. A reversão da expectativa de todos naquela partida foi um olhar do céu. Depois daquilo, o torcedor abraçou o Grêmio – emociona-se Paulo Odone.
Agora ex-presidente, Odone lamenta o fato do Grêmio ter contraído tantas dívidas na última década. Se não tivesse compromissos de outras gestões para pagar, garante que o clube hoje seria auto-sustentável.
— Eu digo e eles não acreditam. Só a dívida com o Danrley está parcelada em 120 meses. Se vendemos algum jogador hoje, temos que dar cerca de 25% do que arrecadarmos ao condomínio de credores.
Ao final do mandato, Paulo Odone agradeceu o carinho dos torcedores gremistas durante todo este tempo:
– Por onde eu ando vejo o carinho dos gremistas comigo. Isto não tem preço. Isto ninguém vai me tirar. A paixão pelo Grêmio não tem preço – despede-se Odone.
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