| 18/12/2008 08h53min
Após a confirmação da venda de Rafael Carioca, das saídas de Jean, Soares, André Luís e Paulo Sérgio, o Grêmio ainda não anunciou reforços para 2009. Calmo, o presidente eleito Duda Kroeff revelou que o clube já tem três jogadores encaminhados para a próxima temporada.
– Está tudo acertado de boca, só falta assinar. Eles ainda têm contrato com seus clubes, por isso não anunciamos – declarou.
O atacante Wellington Paulista , do Botafogo, e o lateral-direito Ruy, do Náutico, são dois deles. O terceiro ainda é desconhecido. Durante a conversa, Duda citou os nomes de Vitor (lateral-direito) e Iarley (atacante), do Goiás. Pouco para a Libertadores? O presidente dá argumentos, mas promete que virão outros dois ou três reforços em 2009.
– Não temos discurso pequeno, é realista. Falta dinheiro, não dá para errar. A chance de acertar só é grande se for um Messi ou um Kaká. Muita gente ficaria feliz com Washington, mas não tenho certeza de que ele daria certo – ponderou.
Mesmo assim, Duda admitiu que a Libertadores é um trunfo:
– Isso facilita. Se não, seria muito difícil contratar alguém.
O presidente disse que só levou dois “não” de atletas até agora.
– Disseram que não queriam pressão. Então não serviriam – salientou.
Empresário rural, Duda dividirá o seu tempo entre o trabalho e o Grêmio. Até a posse. De manhã, fica no escritório tratando dos negócios (arroz e bois). À tarde, vai ao Olímpico:
– Chego cedo e nunca saio antes das 20h – comentou.
Rotina cansativa, porém gratificante:
– A responsabilidade e o prestígio são maiores. As pessoas me pedem autógrafos. É estranho – comentou.
Nesta quarta, Duda quebraria a rotina para comprar uma gravata para a posse do dia 22.
– Se pudesse, não usaria. Sou um cara simples.
Mas os problemas são complexos: a dívida total do clube é de R$ 140 milhões.
– Há muita incomodação, o que é o lado ruim. Mas o sangue está fervendo. Isso é o Grêmio – afirmou.
Arena a perigo
Duda fez uma avaliação que explica o complicado processo da Arena no Grêmio:
– A coisa tem que ser com calma. Há muito sentimentalismo. Conselheiros e ex-dirigentes têm influência. Não dá para mudar tudo de uma hora para outra, ou há risco de motim.
O presidente tem os pés no chão. Ele admite que há a possibilidade de o contrato com a empresa OAS não ser assinado. A reunião de terça-feira autorizou o acordo, desde que com alterações:
– Vamos apresentar as mudanças a OAS (em encontro hoje). Se ela não atender, aí, esquece. Vamos jogar no Olímpico não sei por mais quantos mil anos.
A reforma do Olímpico seria um plano B, frustrante na avaliação dele:
– Ficarei chateado, mas não muito. Penso é no Grêmio, não na Arena. Ela até me atrapalhou um pouco, mas o momento é de decisão – reiterou.
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