| 12/11/2008 02h01min
Na campanha do Avaí em busca do acesso para a Série A, confirmado nesta terça, na vitória por 1 a 0 contra o Brasiliense, um nome ficará na memória dos torcedores. O técnico Paulo Silas, ou apenas Silas, como era chamado desde os seus tempo de jogador, foi fundamental para o sucesso da equipe. Desde o começo, quando foi contestado se daria certo no time, ele se mostrou sereno em suas entrevistas e competente no seu trabalho.
Após o jogo, o comandante avaiano concedeu entrevista coletiva e destacou os lances mais importantes durante a campanha:
— Eu destacaria a mão de Deus na trajetória toda. Quando o Eduardo (Martini) fez aquele gol contra o Paraná. Quando não fizemos gol, o jogador do Marília cabeceou na cabeça do companheiro dele e a bola entrou. Em Brasilia tivemos a favor dois gols contra. No jogo contra o Fortaleza, o William, em duas arrancadas definiu o jogo. O gol do Evando de bicicleta contra o Corinthians na Ressacada.
O comandante avaiano ressaltou também o papel de Marquinhos na campanha do time:
— Eu quero ressaltar aqui um jogador que acredito que precisa levar a honra dessa situação, que é o Marquinhos Santos. Não sei se vocês se lembram, mas eu disse que ele era o Moisés que ia tirar o povo do Avaí da escravidão para a Terra Prometida. O capitão era o Batista, mas o Marquinhos era o cérebro do time, ele era a pessoa que analisava tudo em volta dele.
— No jogo da Ponte Preta eu fui o último a sair do ônibus e ele olhou para mim e falou 'o que foi Silas, está com medo, para mim é um dois toques' e entrou no jogo. Então é esse feeling que ele tem da situação que eu queria honrar o Marquinhos. Ele que é daqui, oriundo das categorias de base, é torcedor do Avaí e é merecedor dessa conquista. Falei para ele que se depender de mim tem que fazer uma placa para ele lá dentro (Ressacada) porque realmente ele merece.
Sobre sua permanência no clube o treinador pretende cumprir o seu contrato já que nunca rompeu o contrato na época em que era jogador e adianta que vai ser lançado um DVD com os bastidores da campanha do time:
— Eu aprendi desde criança que se eu desse a palavra a alguém, eu ia até o fim para cumprir a minha palavra. Então eu não sou de romper contrato, nunca rompi como jogador e espero não romper agora como treinador. O futebol é muito essa vitória final, mas os processos que você tem pelo caminho, que não deixam de ser processos vitoriosos na vida dos atletas ninguém vê. A beleza do futebol está nessas situações, que vai sair no DVD, O Avaí que ninguém viu, e tenho certeza que todo mundo vai ficar muito feliz de ver coisas que não passa para fora.
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