| 11/11/2008 11h15min
Não é a primeira vez que a torcida alvinegra vive a agonia da iminência do rebaixamento. Viveu outras vezes, como em 2005. Naquele ano, o time comandado por Adilson Batista, na casamata, e Edmundo, em campo, conseguiu reverter uma situação que parecia irremediável e livrou o Figueirense da queda. As duas campanhas têm suas semelhanças e suas diferenças.
A primeira diferença pode ser percebida pelo gráfico do desempenho das duas equipes ao longo da competição. Este ano, a trajetória descendente é recente, teve início do returno e não parou mais, o que aumenta o medo da queda. Em 2005, os torcedores viveram o drama desde o início do Brasileiro. O time não andava, os resultados não apareciam e os técnicos iam caindo. Foram cinco, ao todo: Paulo Comelli, Itamar Schulle (interino), Marco Aurélio, Zé Mário e, finalmente, o "salvador" Adilson Batista.
Quando Adilson chegou, em agosto, Edmundo já estava no clube há mais de dois meses. Com a ajuda de outros jogadores importantes como Cléber, Rodrigo Souto, Carlos Alberto, Marquinhos Paraná e Michel Bastos, o time dava mostras de que começava a reagir. Porém, só conseguiu sair da zona de rebaixamento, pela primeira vez no campeonato, quando goleou a Ponte Preta por 4 a 0, dentro do Orlando Scarpelli, pela 33ª rodada, no final de outubro.
A partir dali, começou a crescer e só foi parar novamente na área de descenso na 37ª rodada, depois de uma derrota para o Fluminense, fora de casa, onde o desempenho não era tão expressivo. Dentro do Scarpelli, porém, a equipe fez valer o mando de campo e venceu as últimas oito partidas que disputou. Bem diferente de agora, quando o time simplesmente não consegue vencer em casa (a última vitória no Scarpelli foi no jogo contra a Portuguesa, na abertura do returno, dia 16 de agosto, quase três meses atrás).
Time de Adilson escapou com quatro vitórias na reta final
A cinco rodadas do final, a situação nos dois anos era basicamente idêntica à vislumbrada no início da 34ª rodada, no sábado passado. O clube estava entre os quatro últimos colocados nas duas ocasiões. Em 2005, veio o jogo contra o Fortaleza, que estava em posição intermediária na tabela, e o Figueirense venceu por 1 a 0, gol de Edmundo.
Era o primeiro dos cinco jogos derradeiros, em que o time de Adilson Batista somou quatro vitórias (três em casa e uma fora). Perdeu apenas para o São Paulo, no Morumbi, justamente a pedreira que espera os comandados de Mário Sérgio no domingo.
Assim como Adilson Batista, Mário Sérgio pegou um time em decadência e que já havia passado pelas mãos de vários treinadores (Alexandre Gallo, Guilherme Macuglia e PC Gusmão). Montou uma equipe que até fez bons jogos, mas que vem apresentando um futebol cada vez mais improdutivo. Dentro de casa, joga mal; fora, incomoda o adversário, mas venceu apenas uma partida.
Desfalques
O grupo se reapresenta hoje e o técnico Mário Sérgio terá cinco desfalques para o jogo contra o São Paulo. O zagueiro Bruno Perone, o volante Leandro Carvalho e o meia Marquinho estão suspensos. Já o zagueiro Alex e o lateral-esquerdo Alex Cazumba não podem atuar em virtude da cláusula contratual que impede os jogadores emprestados de enfrentar o clube de origem. Recuperado de uma entorse no tornozelo direito, o meia Rodrigo Fabri foi liberado para iniciar os trabalhos com bola.
Desta vez, Mário Sérgio é quem tem a incubência de livrar o time da Segundona em 2009
Foto:
Ricardo Duarte
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