| 14/10/2008 10h48min
Sem marcar gols desde a vitória de 4 a 3 sobre o Vila Nova-GO, dia 19 de setembro, o atacante Mendes caminha pelos corredores do Estádio Alfredo Jaconi abatido. A mágoa com a torcida do Juventude ficou evidente na entrevista de segunda à tarde, no primeiro treino após o empate de 1 a 1 com o Paraná.
— Estou triste por não ter jogado mais. E também por não ter o apoio do torcedor — começou dizendo o atacante.
Mesmo admitindo que não esteve bem nas últimas duas partidas, Mendes acha que a torcida está esquecendo tudo o que ele fez pelo time desde o início do ano:
— Também tenho o direito de errar, de não estar num dia muito inspirado. Fiquei triste porque ouvi vaias quando tocava na bola no sábado. Parece que a torcida esqueceu dos gols que eu fiz.
O atacante afirma que a sua admiração pelos torcedores continua a mesma, mas acha que deveria ser tratado com mais compaixão, como um filho que precisa de carinho:
—
Muitas vezes um filho precisa de ajuda. Mas, em vez de
ajudar, ficam sacrificando ele mais ainda.
O camisa 9 do Juventude está há três partidas sem marcar. Depois da virada histórica diante dos goianos, o Juventude perdeu dois jogos consecutivos (1 a 0 para o Bahia e 2 a 0 para o América-RN). Mendes só atuou em Natal, pois estava suspenso em Feira de Santana. No Jaconi, teve uma chance clara contra o Avaí e outra diante do Paraná, mas a bola não entrou.
— Já estive em situações piores e consegui reverter. Meu filho disse que eu não joguei bem, e eu sei disso. Mas não faltou vontade — ponderou.
Schwenck também não comemora um gol desde os dois contra o Vila Nova. Por isso, os torcedores estão cobrando e vaiando cada vez mais. Uma dupla que surgiu como solução e deu esperanças para uma retomada triunfante na Série B está se tornando uma decepção quando o time mais precisa de gols.
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