| 10/10/2008 07h10min
Respeito. Esta é uma das palavras de ordem em um clássico. Para o técnico do Criciúma, Paulo Campos, respeito é fundamental quando o adversário é o Avaí, até porque os azurras brigam pela classificação à Série A. No entanto, qualidades do rival à parte, é a vez do Tigre preparar o golpe — com todo o respeito. O duelo será na noite desta sexta-feira, às 20h30min, na Ressacada, em Florianópolis.
O comandante fez questão de enaltecer o que o Criciúma tem em seu favor, apesar de estar na 15ª colocação enquanto o Leão ocupa a 4ª posição da tabela. E a vantagem não é apenas o retrospecto do ano — já que em 2008 o Avaí ainda não venceu o tricolor —, como também a atual fase na Segundona. Nos últimos sets jogos, ou seja, desde que assumiu o Tigre, Paulo Campos conquistou 10 pontos, enquanto o Leão, neste mesmo período, somou oito.
— Desde que eu assumi o Criciúma, há sete rodadas, conquistamos 10 pontos, enquanto o Avaí somou oito. Isso significa que o nosso momento é melhor. Não significa superioridade, nem é determinante. Mas quer dizer que temos condição de conseguir um bom resultado na Ressacada — disse o treinador em entrevista exclusiva concedida à reportagem do clicRBS, completando ainda com sua admiração e respeito pelo time comandado pelo técnico Silas.
— Nosso respeito pelo Avaí não existe somente por ele estar almejando a classificação, entre os primeiros da tabela e com excelentes campanhas na Série B, mas também pela qualidade de toda a equipe, principalmente jogando em casa. Porém, estamos preparados para este jogo. Observamos e estudamos bem as partidas anteriores do Avaí e trabalhamos para ter o antídoto às características positivas deles.
E o antídoto não é marcar nenhum jogador em especial, ou se programar para anular a bola aérea, ou a bola parada. Para Paulo Campos, o contraveneno para um jogo com o Avaí está focado no coletivo. De acordo com o técnico, as qualidades do adversário estão justamente no grupo, coeso e homogêneo, e o Tigre não se dará ao luxo de deixar espaços abertos e ficar vulnerável em plena Ressacada.
— O Avaí tem uma equipe muito coesa, não é facil estar entre os quatro tantas rodadas como eles estão, isto mostra que a equipe como um todo é muito boa. Se nos preocuparmos somente com um ou dois jogadores, acabamos abrindo a equipe para outras situações que você não planeja. Por isto eu trabalhei muito o grupo. Estamos sem desfalques, apenas o Luiz André suspenso, e os jogadores estão trabalhando demais, mais confiantes — disse o técnico.
Time no ataque
Desde a sua estréia pelo Criciúma, há sete jogos, na goleada contra o CRB, Paulo Campos vem colocando a equipe no ataque. Prova disso são os 10 gols em sete partidas, uma estatística bem diferente daquela que coloca o time como segundo pior ataque da competição, com apenas 28 gols. E apesar do respeito pelo Avaí, o comandante não vai abrir mão do sistema 4-4-2 fora de casa e, em hipótese alguma, vai entrar em campo para empatar.
— Eu venho colocando o time para a frente, para o ataque. Não dá para pensar diferente de vencer, não dá para entrar em campo para empatar ou não perder. Todos querem ganhar, eu quero ganhar. O ponto do empate não é descartado, mas pela vontade do Criciúma, vamos jogar para vencer — disse o treinador, que ainda não conquistou uma vitória fora de casa à frente do Tigre.
Torcida pode ser determinante
E para buscar a primeira vitória fora dos seus domínios, Paulo Campos crê que a vantagem do Tigre em conquistar este objetivo contra o Avaí é justamente o fato de ser um clássico catarinense, possibilitando a presença em massa da torcida tricolor para lotar a área de visitantes na Ressacada.
— A equipe está jogando da mesma forma dentro e fora de casa, só que talvez a presença da torcida dentro de casa eh que faça a grande diferença positiva. Em Florianópolis, teremos a presença da torcida, estaremos jogando junto, isso pode ser o grande ponto a nosso favor — concluiu o técnico, que dependendo desta mesma torcida e, conseqüentemente da vontade do grupo e da diretoria, pode até ficar em Criciúma para a próxima temporada.
— Eu quero a cada rodada subir uma posição, este é o meu grande sonho, para terminar em uma posição honrosa. Estou muito feliz por estar em Santa Catarina, no Criciúma, e sei que a torcida está satisfeita com o trabalho, viu que pegamos o time em um momento de extrema dificuldade, com todo muito abalado, e agora estão felizes, tanto que temos mais torcedores presentes no Estádio a cada rodada — finalizou Paulo Campos.
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