| 30/09/2008 05h20min
Setembro deixará saudade para o Inter. O desempenho do último mês, com quatro vitórias, um empate e um aproveitamento de 86,6%, virou a meta para outubro. Uma das recentes providências que serão mantidas são rodízios de reuniões de pequenos grupos de jogadores com a direção.
Nesses encontros, às vezes diários, três a cinco atletas são chamados para uma conversa informal. Falam sobre planos de trabalho e trocam observações a respeito dos jogos da semana. A prática começou a ser adotada depois que o Inter perdeu para o Sport por 1 a 0, em Recife, no dia 31 de agosto. Setembro foi identificado como o marco de uma relação mais forte entre jogadores, comissão técnica e dirigentes Fernando Carvalho e Giovanni Luigi, do futebol.
– Nas piores horas, a diretoria nos apoiou e demonstrou confiança na gente. Tudo o que é conversado internamente é bom para o grupo – admitiu o zagueiro Marcão.
Em alguns momentos, as conquistas recentes e os títulos
históricos foram usados para dar apoio
durante as conversas ao pé do ouvido. Outro ponto admitido no Beira-Rio para a reação do time no Brasileirão é a semana cheia para treinar. Elas permitiram ao preparador Fabio Mahseredjian tornar o condicionamento físico do grupo homogêneo. Com tempo para trabalhar a parte tática e técnica, as vitórias apareceram. E a aceitação do trabalho de Tite pelos atletas foi cada vez maior.
– Setembro só foi bom porque começou a ter mais conjunto. Demos a oportunidade de o Tite manter a equipe. Nós mesmo não estávamos dando isso a ele – analisou Magrão.
D’Alessandro é o melhor exemplo. Desde a estréia, no primeiro Gre-Nal da Sul-Americana, seu futebol cresceu muito. A consagração veio no último domingo.
Para outubro também ser vermelho, a idéia é a manutenção do pensamento jogo a jogo, sem dar prioridade ao Brasileirão ou à Copa Sul-Americana. Os desafios nos próximos 31 dias são complicados, é verdade.
A vaga para as quartas-de-final da
Sul-Americana está encaminhada. Basta um empate sem
gols, na quarta, às 17h, contra o Universidad Católica. Porém, a seqüência prevê dois confrontos diretos fora de casa pelo Brasileirão: Coritiba, no sábado, e Goiás, dia 11 – além de possível encontro com o Boca Juniors.
– Outubro exigirá ainda mais concentração. Teremos partidas muito complicadas e o Brasileirão entrará em uma fase decisiva – previu Carvalho.
As estatísticas, porém, dão uma previsão de 15% de chances de classificação à Libertadores, segundo o matemático Oswald de Souza. Mas Magrão pensa diferente:
– Futebol não é uma ciência exata. Não se consegue falar em números faltando 11 rodadas em um campeonato tão equilibrado como é esse.
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