| 26/09/2008 04h38min
A decisão do Inter de usar time misto contra o Universidad saiu no primeiro dia da semana Gre-Nal. Uma reunião da direção com Tite e seus auxiliares no final da tarde de segunda-feira, no Beira-Rio, definiu também que só Nilmar e Álvaro ficariam em Porto Alegre.
– Nossa idéia desde o início era manter o grupo mobilizado em uma semana muito importante. Daí, a necessidade de todos viajarem ao Chile – explicou o assessor de futebol Fernando Carvalho.
No Chile, Alex, Gustavo Nery e Guiñazu, que ficaram de fora do banco de reservas, fizeram musculação, alongamento e exercícios na piscina no Hotel Intercontinental. Índio, Magrão e D’Alessandro compuseram um banco de reservas de qualidade.
A programação da semana previu descanso e trabalho na mesma medida para os jogadores. A viagem de volta começou duas horas depois do final da partida, e o desembarque na Capital ocorreu às 6h. Todos seriam liberados, com previsão de só
retornar às 19h, para um insólito treino
noturno. Em seguida, será retomada a concentração no Hotel Millenium.
Projeto da Libertadores foi retomado
O desejo de jogar a Libertadores em 2009 move o Inter. O projeto de disputar a competição no ano do centenário havia sido colocado de lado pela direção e pela comissão técnica com os maus resultados de julho e agosto. Mas as três vitórias em setembro (sobre Portuguesa, Botafogo e Vitória) estimularam a retomá-lo. Tanto que a Copa Sul-Americana ficou a cargo de reservas ontem, no Chile.
Cercado de todos os cuidados para se manter conectado no Gre-Nal lá no Chile, o Inter levou para Santiago o fisioterapeuta Rodrigo Rossato e o motivador Evandro Mota. As palestras de Mota nos últimos dois dias envolveram a história de lutas do povo chileno. Mas esse trabalho de mobilização visava mais ao confronto com o Grêmio do que propriamente o confronto com o Universidad.
– A intenção de todos estarmos aqui é nos
prepararmos o melhor possível para o clássico. Assim,
estaremos mais inteiros para o Gre-Nal – disse Alex, que assistiu ao jogo das tribunas ao lado dos dirigentes.
– Não dá para esconder: Gre-Nal é sempre um jogo diferente. E precisamos demais desta vitória no clássico – concluiu Índio.
Embora ninguém na delegação do Inter fale abertamente, a declaração do presidente do Grêmio, Paulo Odone, classificando o rival de “time de galácticos”, será amplamente utilizado como instrumento de mobilização. O Gre-Nal é tratado como a partida do ano no Beira-Rio.
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